BB Investimentos vê Ibovespa em 141 mil pontos no final de 2024
Analistas do BB Investimentos avaliam que o Ibovespa reúne condições para oferecer um dos maiores retornos entre as classes de ativos em 2024, estabelecendo um preço-alvo de 141 mil pontos para o mesmo no final do próximo ano.
"Não apenas pelo nível elevado de desconto frente a bolsas de economias centrais e de países emergentes, mas pelo impulso que o ambiente de política monetária no Brasil e no exterior podem proporcionar", afirmaram em relatório nesta segunda-feira.
Na visão de Victor Penna, Wesley Bernabé e a equipe de research da casa, o ambiente global segue complexo, com perda de dinâmica de crescimento, o que sugere menor visibilidade dos resultados de empresas mais expostas às commodities.
"Em contrapartida, esse contexto pode ser benéfico para a redução dos rendimentos dos Treasuries..., promovendo maior apetite a ativos de risco globalmente", afirmaram.
Eles acrescentam que os impulsos da bolsa em ciclos de corte de juros passam por dois estágios, sendo o primeiro, imediato, mais atrelado à redução gradativa do custo de capital das companhias, acompanhado ao longo de 2023.
O segundo, afirmam, mais de longo prazo, é vinculado à descompressão dos resultados financeiros das empresas e embalado por um maior apetite do mercado de crédito, cenário base para o ano que vem.
De acordo com os analistas, o cenário base para o Ibovespa em 2024 considera um contexto menos arrojado de expansão de resultados para os segmentos de commodities. Frente ao fechamento da sexta-feira, representa potencial de alta de 11%.
Em uma perspectiva mais otimista, na qual preços de petróleo e minério de ferro contribuem para resultados mais fortes das companhias e o quadro de política monetária evolui positivamente sem sobressaltos, veem o Ibovespa em 153 mil pontos.
"Caso nossas expectativas se frustrem, a resultante do modelo aponta para 132 mil pontos, o que levaria a um prêmio de risco de equity negativo", afirmaram.
A seleção de ações do BB para 2024 é composta por B3, BTG Pactual, Cyrela, Direcional, Grupo Mateus, Itaú Unibanco, Jalles Machado, JBS, Lojas Quero Quero, Magazine Luiza, Petrobras, Sabesp, Isa Cteep, Vale, Vibra e Weg.