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BC acaba com programa de venda de dólares no mercado futuro

Os swaps cambiais funcionam como um instrumento para intervir no câmbio sem a necessidade de vender dólares das reservas internacionais

25 mar 2015 - 07h34
(atualizado às 08h25)
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<p>Sede do Banco Central, em Brasília</p>
Sede do Banco Central, em Brasília
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Depois de quase dois anos injetando dólares no mercado futuro, o Banco Central (BC) interromperá o programa de venda de swaps cambiais, que funciona como venda de moeda norte-americana no mercado futuro e ajudam a segurar a cotação. A autoridade monetária não ofertará mais novos contratos a partir de 1º de abril.

Em nota, o BC informou que o programa, que começou em agosto de 2013, ofereceu proteção cambial relevante aos agentes econômicos. Inicialmente, o BC injetava US$ 500 milhões no mercado futuro por dia. A quantia caiu para US$ 200 milhões diários em janeiro de 2014 e para US$ 50 milhões a US$ 100 milhões diários em janeiro deste ano.

Apesar de interromper as ofertas de novos contratos, o BC continuará a renovar os contratos existentes. De acordo com o comunicado, os swaps cambiais que vencem a partir de 1º de maio serão renovados integralmente com base na demanda pelo instrumento e nas condições de mercado. A autoridade monetária também continuará a promover leilões de venda de dólares com compromisso de recompra quando faltar liquidez no mercado de câmbio.

“Sempre que julgar necessário, o Banco Central do Brasil poderá fazer operações adicionais por meio dos instrumentos cambiais ao seu alcance”, destacou a nota do BC.

Os swaps cambiais funcionam como um instrumento para intervir no câmbio sem a necessidade de vender dólares das reservas internacionais. Nessa modalidade, os investidores apostam que os juros subirão mais que o dólar e o BC aposta o contrário. No fim do contrato, ocorre uma troca de rendimentos. Caso o dólar aumente mais que os juros, os investidores ficam protegidos da variação cambial, enquanto o Banco Central deixa de ganhar.

Alta do dólar e reflexos na economia assustam grande parte da população:

Agência Brasil Agência Brasil
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