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BC aperta o cerco sobre concentração bancária no País

Incorporação pura e simples da XP poderia significar um duro golpe no setor de instituições de investimento

11 ago 2018 - 05h12
(atualizado às 10h03)
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A decisão do Banco Central sobre a operação Itaú Unibanco e XP é uma reação clara à crescente pressão da sociedade sobre a concentração bancária. Ao impedir que o Itaú adquira o controle da XP, o BC, além de marcar posição sobre o tema, acaba adotando uma posição mais firme que a do Cade, que não encontrou maiores problemas no fato de o maior banco privado do País comprar a maior plataforma de investimentos.

A decisão do BC foi mais rigorosa na preservação de um mercado competitivo. A incorporação pura e simples da XP poderia significar um duro golpe no setor de instituições de investimento.

Sede do Banco Central, em Brasília
Sede do Banco Central, em Brasília
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Tema recorrente nos debates sobre crédito, a concentração bancária também já chegou ao debate entre os presidenciáveis, por ter apelo popular. O diagnóstico feito por alguns candidatos é simples: não existe concorrência suficiente. 

O BC nunca admitiu que a concentração do mercado brasileiro, onde os cinco maiores bancos do País controlam mais de 80% dos negócios, prejudicasse a concorrência. Mas a instituição tem adotado o discurso de que é preciso estimular a competição, em boa parte, com a entrada das fintechs - empresas que utilizam tecnologia para atuar no ramo financeiro.

Nos últimos anos, o desconforto dos gigantes bancários com o surgimento de novas empresas no setor financeiro é público. O recado do BC parece ser o de que os bancos terão de buscar caminhos para manter sua participação no mercado que não sejam simplesmente o de comprar a concorrência.

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