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BC faz megaoperação de venda de títulos com prazo maior

Em atuação coordenada com o Tesouro, oferta foi de R$ 10 bilhões com prazo de nove meses

7 jun 2018 - 15h50
(atualizado às 15h52)
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Em meio às oscilações no mercado financeiro, o Banco Central (BC) realizou hoje (8) uma operação extraordinária de venda de títulos com prazo de 9 meses. A decisão foi anunciada na noite de ontem (7), com oferta de R$ 10 bilhões em títulos públicos, em uma atuação coordenada com o Tesouro Nacional.

Geralmente, o BC faz essas venda de títulos com compromisso de recompra com prazo menor, entre 3 e 6 meses. Em nota, o BC informou que a operação tem o objetivo de "atender a demanda dos investidores".

O Tesouro também anunciou para hoje e amanhã reforço na sua atuação, por meio de leilões extraordinários de compra e venda de Notas do Tesouro Nacional, Série F (NTN-F).

BC, em parceria com o Tesouro, gerou uma oferta de títulos no valor de R$ 10 bilhões com prazo de nove meses
BC, em parceria com o Tesouro, gerou uma oferta de títulos no valor de R$ 10 bilhões com prazo de nove meses
Foto: Reuters

Também foi anunciada hoje, às 12h40, a suspensão das negociações no Tesouro Direto, com expectativa de normalização por volta das 15h30.

Mercado de câmbio. O BC também tem reforçado sua atuação no mercado de câmbio, por meio de swaps cambais, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro. Mesmo assim, o dólar opera em alta hoje, ultrapassando a barreira de R$ 3,90.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse que existe uma tensão maior no mercado de câmbio no Brasil por causa das eleições deste ano. "Como sabemos, existe uma tendência global de valorização do dólar. E isso afeta a economia brasileira, como afeta outras economias, com maior intensidade as emergentes. Evidentemente tem as especificidades do caso brasileiro. Existe uma tensão maior dada pela transição política, em cenário das eleições. Tudo isso agrega volatilidade e incerteza aos mercados", disse.

Guardia reforçou que a economia brasileira tem fundamentos sólidos, com reservas internacionais "extremamente elevadas" e déficit em conta corrente financiado por investimento direto estrangeiro. "Tudo isso reforça muito a solidez da economia brasileira para enfrentar esse tipo de movimento [de alta do dólar]", disse, ao ser questionado se está havendo especulação no mercado.

O ministro ressaltou que o Banco Central e o Tesouro Nacional têm monitorado os mercados de câmbio e juros, destacando que o câmbio no país é flutuante e a atuação do BC é no sentido de evitar fortes oscilações. "O Banco Central monitora, e tem atuado no mercado de câmbio quando julga oportuno. O Tesouro Nacional também tem olhado o mercado de juros para tentar reduzir a volatilidade neste mercado. Então, e

stamos atuando conjuntamente, de maneira coordenada", disse. Ele acrescentou que o Tesouro Nacional tem um colchão de liquidez, o que permite reagir em momentos de maior volatilidade.

Agência Brasil Agência Brasil
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