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BC vê PIB crescendo menos em 2013 e inflação perto de 6%

BC prevê que o PIB acrescerá 2,3% em quatro trimestres até o terceiro trimestre de 2014

20 dez 2013 - 08h55
(atualizado às 09h36)
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O Banco Central reduziu nesta sexta-feira a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deste ano a 2,3%, ante 2,5% previstos até então e indicando que a atividade não vai acelerar em 2014, ao mesmo tempo em que praticamente não mudou sua perspectiva para a inflação em 2013 e 2014.

Segundo o Relatório Trimestral de Inflação, o BC não mudou sua expectativa para o IPCA deste ano em 5,8% pelo cenário de referência, que já leva em consideração a Selic a 10%. Para 2014, houve pequena redução na estimativa, que passou a 5,6%, ante 5,7%, e calcula que em 2015, o indicador crescerá 5,4%.

O BC voltou a repetir que os efeitos da política monetária nos preços ocorre com "defasagens" e que "deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação, como o observado nos últimos doze meses persistam no horizonte relevante".

A inflação em níveis persistentemente altos vem dificultando os esforços do governo para impulsionar a economia, que no terceiro trimestre encolheu 0,5%, no pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2009, abalada principalmente pela queda dos investimentos.

Agora, o BC prevê que o PIB acrescerá 2,3% em quatro trimestres até o terceiro trimestre de 2014, sinalizando que a economia brasileira não deve ganhar fôlego. A meta de inflação do governo é de 4,5% pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos. Em dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, surpreendeu ao acelerar a alta mensal a 0,75%, fechando o ano em 5,85%.

Diante desse cenário, o BC deu início em abril a um ciclo de aperto monetário que tirou a taxa básica de juros (Selic) da mínima histórica de 7,25% ao ano para os atuais 10%, e indicou que o processo ainda não terminou.

No relatório de inflação divulgado nesta manhã, o BC destacou ainda que a tendência vista nos mercados internacionais é de apreciação do dólar mas, ao mesmo tempo, o cenário é de maior crescimento global, "em particular de importantes parceiros comerciais do Brasil". Assim, a depreciação do real ajuda a deixar "a dinâmica da demanda externa mais favorável ao crescimento da economia brasileira".

O BC ressaltou ainda que tomando-se como base o cenário de continuidade de expansão da atividade econômica, a "arrecadação tende a ganhar impulso".

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