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BDRs chinesas são 6 entre 10 com maior crescimento: devo investir?

Levantamento mostra que BDRs de empresas chinesas são as que mais cresceram no último ano; especialista avalia e aponta os riscos

17 mar 2023 - 01h30
(atualizado às 20h55)
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Foto: Adobe Stock

Levantamento das 10 BDRs listadas na B3 com maior crescimento no último ano mostra que as três com maiores altas são chinesas. Além disso, as chinesas são 6 entre as 10 com maiores altas. O estudo foi feito pela Economatica, considerando o prazo entre 13 de março de 2022 e a mesma data em 2023, a pedido do Terra. Apesar de demonstrarem retorno expressivo, o investimento nesses ativos requer atenção. 

As BDRs - ativos emitidos no Brasil com lastro internacional - são uma opção para o investidor brasileiro se expor ao mercado externo sem ter que tirar dinheiro do país. Disponíveis para investidores em geral (não qualificados) apenas desde 2020, as BDRs ainda têm negociação baixa.

“O  investidor precisa conhecer bem a empresa, a relação das BDRs com as ações no país de origem e perceber o volume de negociações, porque ativos pouco negociados, em geral, oscilam muito, e isso significa maior risco”, afirmou o professor de macroeconomia do Ibmec SP, João Ricardo Costa Filho.

Modelo de crescimento chinês mudou, avalia especialista 

A reabertura da economia chinesa antes do previsto fez com que a expectativa de recuperação do crescimento econômico para 2023 aumentasse, mas é importante lembrar que aquela China com taxas de crescimento de dois dígitos por vários anos, ou mesmo taxas em torno de 7% e 8% por um longo período não existe mais, avalia Costa Filho. 

“O modelo de crescimento chinês mudou e, com ele, virá uma menor taxa de crescimento do PIB ao longo do tempo, um olhar maior para o mercado consumidor interno e uma dependência menor das exportações e do investimento, o que traz oportunidade para as empresas que conseguirem se preparar para atender o mercado chinês”, afirmou. 

Foto: Reprodução

Investidor de BDRs deve conhecer os riscos desse ativo

O principal risco dessas BDRs é aquele ao qual chamamos de risco de mercado, que vem da própria flutuação dos preços dos ativos, ressalta João Ricardo Costa Filho: “Note que a variação forte que essas BDRs registraram indica que elas podem ter movimentos fortes, só que isso vale para os dois lados”, disse. 

Geralmente, por não serem tão negociadas quanto outras ações mais importantes da bolsa brasileira, elas ficam um pouco mais vulneráveis às ofertas de compra e venda de alguns indivíduos - enquanto em empresas com maior volume de negociação, o peso de cada indivíduo é diluído. 

“Assim, como é claro para todos que estudam economia e finanças, risco e retorno andam juntos. As BDRs podem ser formas de diversificar internacionalmente sem sair do Brasil, mas isso não vem de graça”, concluiu o professor.

Redação Dinheiro em Dia
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