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Biden apresenta plano para injetar US$1,9 tri na economia atingida pela pandemia

14 jan 2021 - 19h42
(atualizado em 15/1/2021 às 07h39)
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O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentou uma proposta de estímulo econômico de 1,9 trilhão de dólares na quinta-feira, afirmando ser necessário um investimento ambicioso para impulsionar a economia e acelerar a distribuição de vacinas para controlar o coronavírus.

FILE PHOTO: U.S. President-elect Joe Biden delivers a pre-Thanksgiving address at his transition headquarters in Wilmington, Delaware, U.S., November 25, 2020. REUTERS/Joshua Roberts/File Photo
FILE PHOTO: U.S. President-elect Joe Biden delivers a pre-Thanksgiving address at his transition headquarters in Wilmington, Delaware, U.S., November 25, 2020. REUTERS/Joshua Roberts/File Photo
Foto: Reuters

Biden fez campanha no ano passado com a promessa de enxergar a pandemia de forma mais séria que o presidente Donald Trump, e o pacote busca colocar essa promessa em movimento com um influxo de recursos para a distribuição da vacina contra o coronavírus e a recuperação econômica.

"Uma crise de profundo sofrimento humano está em vista, e não há tempo a perder", disse Biden. "Precisamos agir e precisamos agir agora."

O pacote inclui 415 bilhões de dólares para reforçar a resposta ao vírus e a distribuição de vacinas contra a Covid-19, cerca de 1 trilhão de dólares em auxílio direto às famílias e cerca de 440 bilhões de dólares para pequenas empresas e comunidades particularmente atingidas pela pandemia.

Os cheques de estímulo seriam emitidos no valor 1,4 mil dólares, superando os cheques no valor de 600 dólares emitidos de acordo com o último pacote de estímulo do Congresso. O valor do auxílio-desemprego suplementar também aumentaria para 400 dólares por semana, ante os atuais 300 dólares por semana, e seria estendido até setembro, disseram as autoridades.

O plano de Biden visa dar início a seu mandato com um grande projeto de lei que coloca em ação, de forma rápida, sua agenda de curto prazo: auxiliar a economia e controlar um vírus que matou mais de 385 mil pessoas nos Estados Unidos até a quinta-feira.

Também oferece um forte contraste a Trump, que passou os últimos meses de seu governo tentando minar a vitória eleitoral de Biden em vez de concentrar-se no alívio adicional ao coronavírus. Apesar disso, Trump, que deixa o cargo na próxima quarta-feira, apoiou pagamentos de 2 mil dólares aos norte-americanos.

No Congresso, muitos republicanos recusaram a quantia desses pagamentos, e Biden enfrentará obstáculos semelhantes com suas propostas, embora seja auxiliado pelo fato de que seus companheiros democratas irão controlar a Câmara e Senado.

O novo presidente buscará aprovar o pacote mesmo em um momento no qual seu antecessor enfrenta um julgamento de impeachment.

MOMENTO PRECÁRIO

Autoridades de transição disseram que o plano de Biden será um pacote de resgate que será seguido por outro pacote de recuperação nas próximas semanas.

O plano estenderia as moratórias sobre execuções hipotecárias e despejos até setembro e incluiria financiamento para aluguel e assistência a serviços públicos.

O presidente eleito também pedirá ao Congresso que aumente o salário mínimo para 15 dólares a hora, e o pacote incluirá ajuda para combater a fome.

"Sei que o que acabei de descrever não vem de forma barata, mas não fazer isso nos custará demais", disse Biden, acrescentando que economistas, instituições financeiras e bancos de Wall Street defendem a necessidade de estímulo.

Os recursos relacionados ao auxílio ao coronavírus irão para um programa nacional de vacinas, testagem, investimentos para os trabalhadores fazerem a divulgação da vacina e rastreamento de contatos, e dinheiro para os Estados.

"As vacinas oferecem tanta esperança...mas a distribuição da vacina nos Estados Unidos tem sido um fracasso lamentável até agora", disse Biden, acrescentando que na sexta-feira irá apresentar seu plano para vacina 100 milhões de norte-americanos em 100 dias depois de assumir o cargo.

As paralisações e restrições relacionadas à pandemia custaram milhões de empregos norte-americanos.

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