Maggi vai aos EUA tratar de suspensão à importação de carne
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que deve viajar aos Estados Unidos para prestar esclarecimentos e tentar reverter a suspensão à importação de carne bovina fresca vinda do Brasil. Ontem (22), o governo americano anunciou a suspensão alegando preocupações recorrentes em relação à segurança dos produtos destinados ao mercado americano.
Segundo Maggi, serão enviadas as informações necessárias às autoridades americanas e então ele irá ao país em busca de reestabelecer as importações do produto brasileiro.
"Como é uma suspensão temporária, estaremos trabalhando na semana que vem para finalizar os planos que já vinhamos fazendo no ministério e pretendo, assim que possível, assim que os americanos receberem as informações do Brasil, me deslocar até os Estados Unidos com uma equipe para que a gente possa fazer as discussões necessárias e reestabelecer este mercado tão importante que o Brasil conquistou nos últimos anos", disse Maggi em áudio divulgado nas redes sociais.
Em comunicado, o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, informou que a suspensão dos embarques permanecerá em vigor até que o Ministério da Agricultura brasileiro tome as medidas corretivas que o Departamento de Agricultura americano considere satisfatórias. A suspensão atinge as 13 plantas frigoríficas brasileiras que estavam habilitadas a exportar para os Estados Unidos.
Blairo disse ainda que o governo brasileiro já estava atento ao assunto e na última quarta-feira (21) suspendeu as exportações de carne bovina fresca de cinco frigoríficos brasileiros para os Estados Unidos, depois de autoridades sanitárias americanas identificarem irregularidades provocadas pela reação a componentes da vacina contra a febre aftosa. Ele explicou que a reação provoca um caroço na carne no local onde o animal é vacinado que, no entanto, não oferece risco à saúde pública.
Segundo o ministro Blairo Maggi, será aberta uma investigação para apurar o tipo de reagente que está sendo utilizado na vacina e se de fato está deixando os resíduos nas carnes exportadas para os Estados Unidos.
O ministro disse que o governo brasileiro trabalha para resolver o problema de forma rápida. "Concordamos com a posição americana, vamos corrigir, porém, temos que lutar porque é um mercado muito importante", disse. E completou "Vamos correr atrás e tentar resolver esse assunto o mais rápido possível já que a pecuária brasileira passa por um momento muito difícil, com preços baixos para os produtores".
Em julho do ano passado, após 17 anos de negociações, o Ministério da Agricultura concluiu acordo com os Estados Unidos para exportação de carne bovina fresca para o mercado norte-americano. Até então, os brasileiros vendiam apenas carne bovina industrializada para os Estados Unidos em função das rigorosas exigências sanitárias impostas pelo país.
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