BMW investe R$ 500 mi em fábrica brasileira para produzir dois novos modelos, e outro está a caminho
Novos SUVs X3 e X4 entram em linha de produção em Araquari (SC) seis meses após serem lançados na Europa; modelos híbridos e elétricos ainda não estão nos planos do grupo
Seis meses após o lançamento na Europa das novas versões dos utilitários-esportivos X3 e X4, a fábrica da BMW do Brasil em Araquari (SC), também vai iniciar a produção dos novos modelos. Além disso, o presidente do BMW Group para a América Latina, Alexander Wehr, anunciou que um carro ainda inédito também será fabricado no País "no futuro próximo".
Ele não deu detalhes sobre o produto, que será revelado em breve pela matriz alemã, mas adiantou que não se tratar de um modelo híbrido ou elétrico
O executivo informou ainda que a filial brasileira receberá investimento de R$ 500 milhões a ser aplicado nos próximos três anos na linha de produção na área de engenharia.
Desde sua inauguração, em 2014, a fábrica soma R$ 1,8 bilhão em aportes, incluindo o anunciado ontem. "Reforçamos nosso comprometimento com o Brasil, um mercado estratégicos para nós", disse Wehr.
Segundo ele, problemas como câmbio valorizado e inflação não alteram planos do grupo. "Volatilidade é o novo normal para a América Latina e o Brasil; faz parte do jogo."
As três versões dos novos SUVs a combustão vão substituir as atuais em produção atualmente do X3, iniciada em 2015, e do X4, que começou em 2016. Aksel Krieger, presidente do BMW Group Brasil, informou que um deles, o X4 M40i, será o veículo mais potente e tecnológico feito no País, com motor de 387 cavalos. A fábrica também produz o sedão Série 3 e o SUV X1.
Sem produção de BMW elétricos, por enquanto
Sobre a produção local de carros elétricos e híbridos - hoje importados - Wehr afirmou que a BMW acompanha a evolução do mercado brasileiro e que a fábrica de Santa Catarina é flexível e está pronta para produzir modelos com qualquer tipo de tecnologia, mas não há nenhuma previsão no momento para a produção local desse tipo de modelo. Disse ainda que o grupo estuda o uso de etanol em modelos híbridos da marca.
A fábrica brasileira emprega atualmente 700 funcionários e tem capacidade para produzir anualmente 32 mil veículos, e este ano deve atingir 10 mil unidades, volume previsto para ser repetido em 2022. A marca atualmente lidera o mercado de carros premium no País.
Krieger explicou que a falta global de semicondutores afetou a produção local, mas bem menos do que outras empresas, pois o grupo mantém estratégia de fornecimento mais diversificada, não dependendo portanto de um único fornecedor.