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BNDES aumenta juros de financiamento e empréstimos para 5,5%

Conselho aumenta juros de financiamentos do BNDES pela primeira vez em dois anos

20 dez 2014 - 15h22
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<p>Desde janeiro de 2013, a taxa estava em 5% ao ano, no menor n&iacute;vel da hist&oacute;ria</p>
Desde janeiro de 2013, a taxa estava em 5% ao ano, no menor nível da história
Foto: Pilar Olivares (REUTERS - Tags: POLITICS BUSINESS) / Reuters

Pela primeira vez em dois anos, as empresas que contraírem empréstimos e financiamentos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão pagar juros maiores. Em reunião extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN) reajustou a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para 5,5% ao ano.

Desde janeiro de 2013, a taxa estava em 5% ao ano, no menor nível da história.

A definição, no entanto, tinha sido adiada por causa das definições sobre a prorrogação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), conjunto de linhas especiais do BNDES que financiam a compra de máquinas e equipamentos, exportações e investimentos em inovação para empresas.

A cada três meses, o CMN fixa o nível da taxa para o trimestre seguinte. O conselho é composto pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Originalmente, a decisão deveria ter saído na última quinta-feira, na reunião mensal do órgão. 

O reajuste da TJLP reduz as pressões sobre o Tesouro Nacional, que gastará menos para cobrir a diferença entre a taxa subsidiada e os juros de mercado. De julho de 2009 a junho de 2012, a TJLP permaneceu em 6% ao ano. A taxa foi reduzida para 5,5% em julho de 2012 e para 5% em janeiro de 2013, como medida de estímulo à economia.

Criada em 1994, a taxa é definida como o custo básico dos financiamentos concedidos ao setor produtivo pelo BNDES.

De acordo com o Ministério da Fazenda, o valor da TJLP leva em conta dois fatores: meta de inflação, atualmente em 4,5%, mais o risco Brasil, indicador que mede a diferença entre os juros dos títulos brasileiros no exterior e os papéis do Tesouro americano, considerados o investimento mais seguro do mundo.

Agência Brasil Agência Brasil
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