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BNDES oferta crédito recorde de R$ 100 bi para pequenas e médias empresas

Volume de recursos não depende de novos aportes da União; expectativa é de que mais de 200 mil operações sejam aprovadas nos próximos 18 meses

29 set 2024 - 07h33
(atualizado em 30/9/2024 às 11h59)
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RIO- O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai disponibilizar, a partir da próxima terça-feira (1), o volume recorde de R$ 100 bilhões em crédito no âmbito do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (FGI PEAC), com objetivo de fomentar investimentos e geração de emprego e renda de microempreendedores individuais (MEIs) e micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). A expectativa do banco é de que mais de 200 mil operações sejam aprovadas nos próximos 18 meses.

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Segundo o BNDES, os recursos disponibilizados não envolvem desembolsos da União e resultam da baixa inadimplência registrada até setembro deste ano, de 5,7%, inferior ao limite previsto nas operações contratadas no ano de 2020. Naquele ano, quando o programa foi lançado, o limite de cobertura de inadimplência era de 20% para médias e grandes empresas e de 30% para pequenas empresas.

"A boa gestão financeira e de crédito dos ativos do FGI PEAC pelo BNDES garantiu, sem novos aportes do Tesouro Nacional, um volume de R$ 42 bilhões em crédito alavancado em 2023 e R$ 21 bilhões até agosto de 2024. Em torno de 70% das operações realizadas pelo programa de garantia são com micro e pequenas empresas, principal segmento gerador de emprego e renda do país e prioritário para o governo do presidente Lula", disse em nota o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Aloizio Mercadante,presidente do BNDES, diz que recursos não terão novos aportes do Tesouro
Aloizio Mercadante,presidente do BNDES, diz que recursos não terão novos aportes do Tesouro
Foto: Wilton Junior / Estadão / Estadão

O FGI PEAC é um programa de garantia que reduz o risco da inadimplência para as instituições financeiras concedentes do empréstimo, que têm mais segurança para emprestar. Somente para o segmento de MPMEs, entre 2020 e agosto de 2024, por meio do FGI PEAC foram aprovadas 335 mil operações no valor total de R$ 160 bilhões.

Quase metade dos 40 agentes financeiros que contrataram garantias do programa em 2020 optou pela renúncia de cerca de R$ 9 bilhões em limite para cobertura de garantias, informou o banco, o que possibilitou a alavancagem dos R$ 100 bilhões.

Reciclagem de recursos

Ainda segundo o BNDES, para permitir a concessão do crédito, o banco, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), em conjunto com o Conselho de Participação em Fundos Garantidores para MPME fizeram uma alteração normativa no programa, que permitiu a reciclagem dos recursos não utilizados. Com a medida anunciada, a previsão é de que, já no último trimestre de 2024, ocorra a geração de um volume de crédito na economia superior a R$ 30 bilhões.

No primeiro ano do programa, os setores que mais acessaram o FGI PEAC foram comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, que contaram R$ 33 bilhões. Nos últimos dois anos (2023-2024), a lista é encabeçada pelo comércio, atividades imobiliárias e construção, responsáveis por R$ 43 bilhões dos financiamentos até agosto.

Estadão
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