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BNDES pode vender participação da Iguá Saneamento

Banco de fomento possui 10,56% da companhia; Iguá Saneamento fez o pedido de registro junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar sua oferta inicial de ações na semana passada

26 ago 2019 - 12h14
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá dar o pontapé em seu ambicioso plano de desinvestimento com a Iguá Saneamento, que no final da semana passada fez o pedido de registro junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A oferta será primária e secundária. Hoje, o banco de fomento possui 10,56% da companhia.

Estação de tratamento Iguá Saneamento
Estação de tratamento Iguá Saneamento
Foto: Iguá Saneamento/ Divulgação-11/12/2018 / Estadão

A empresa pertencia à Galvão Participações, que, em dificuldades, a vendeu para a IG4 Capital. Outro sócio é o fundo canadense AIMCo, que injetou ano passado R$ 400 milhões na empresa. O prospecto, contudo, ainda não identifica os acionistas vendedores e diz que os eles serão informados "oportunamente". O BNDES já divulgou que será muito ativo em seus desinvestimentos e já projetou vender cerca de R$ 100 bilhões de sua carteira de renda variável.

O prospecto ainda não traz o volume de ações que serão ofertadas ou as datas do cronograma de lançamento da oferta. A ação, sob o código "IGSN3", será listada no Novo Mercado da B3.

Da oferta primária, os recursos serão utilizados, conforme o prospecto preliminar, para reforço da estrutura de capital, suporte de plano de crescimento e para novos contratos e aquisições.

No segundo trimestre do ano a Iguá apresentou lucro líquido de R$ 9 milhões, recuo de 47% ante o visto no mesmo período do ano anterior. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 111 milhões, aumento de 7% na relação anual. A receita operacional líquida, por sua vez, subiu 41% no intervalo de abril a junho, para R$ 436 milhões.

Além da Iguá, a Vivara também já fez o pedido de IPO na CVM. Neste ano, marcado por muitas ofertas subsequentes (follow on), houve apenas dois IPOs na B3, a da Centauro e Neoenergia.

Estadão
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