Boeing diz que revisão de segurança confirma descobertas sobre sensor do 737 MAX
A Boeing informou neste domingo que um Conselho de Revisão de Segurança formado no fim de 2018 corroborou a conclusão anterior da empresa de que o alerta de desacordo dos sensores de ângulo de ataque (AOA, na sigla em inglês) do avião 737 MAX, que sofreu dois acidentes fatais nos últimos meses, não era necessário para uma operação segura da aeronave comercial.
A declaração ocorre na esteira de inúmeras reportagens negativas e de uma recente decisão da Boeing de tornar o alerta de desacordo dos sensores AOA um recurso padrão e autônomo do 737 MAX antes que as aeronaves, atualmente fora de operação, voltem a ser usadas.
O sensor AOA, anteriormente um item opcional no MAX e no modelo anterior NG da série 737, é um dos diversos modos de medir o estado da aeronave.
Quando o MAX voltar à operação, toda a produção de aeronaves MAX terá um alerta de desacordo AOA ativado e operável e um indicador opcional de ângulo de ataque, reiterou a Boeing neste domingo.
Clientes com aeronaves MAX entregues anteriormente poderão ativar o sensor, acrescentou a empresa.
Leituras equivocadas de sensores AOA que fizeram computadores da aeronave direcionar o jato para baixo foram relacionadas às quedas de aviões 737 MAX na Indonésia e na Etiópia, de acordo com relatórios preliminares de investigadores.