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Boeing pode desistir de união com Embraer, diz jornal inglês

Segundo o 'Financial Times', perto do fim do prazo para companhias desistirem do acordo, Boeing ainda analisa a fusão em meio à crise

24 abr 2020 - 15h37
(atualizado às 15h53)
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Aeroanves e material da Embraer durante feira do setor em Vegas. 21/10/2019. REUTERS/David Becker
Aeroanves e material da Embraer durante feira do setor em Vegas. 21/10/2019. REUTERS/David Becker
Foto: Reuters

LONDRES - O plano da Boeing de adquirir o negócio de jatos regionais da Embraer no Brasil ficou sob risco nesta sexta-feira (24), segundo a versão online do jornal britânico Financial Times. Os dois lados discutiram as condições associadas à união de bilhões de dólares poucas horas antes do prazo que dá a cada uma das companhias o direito de desistir do acordo.

O jornal britânico disse que o fabricante de aeronaves dos Estados Unidos pondera se abandonará o pacto em meio a gastos também de bilhões de dólares com a crise da aviação global e com problemas em seu modelo 737 Max.

Pessoas próximas ao assunto disseram à publicação que nenhuma decisão seria tomada até que o prazo desta sexta terminasse, mas um anúncio poderia chegar assim que o fim de semana chegar.

O período faz parte de um contrato assinado em janeiro entre as partes e que estabeleceu um cronograma para os dois lados cumprirem determinadas condições. Se a Boeing decidir desistir em vez de estender o acordo, é esperado que cite a falha da Embraer em cumprir certos termos como a razão do abandono do acordo, conforme as fontes.

A aprovação do negócio pela União Europeia (UE) também ainda está pendente. A apreciação vem sendo postergada mês a mês desde outubro do ano passado e agora a próxima data prevista é agosto.

Analistas comentaram que a Boeing tinha um grande estímulo para desistir no negócio. "É uma questão de liquidez", disse Ron Epstein, analista do Merrill Lynch do Bank of America, ao FT. "A Boeing está em posição de gastar US$ 4,2 bilhões em uma aquisição, considerando o que está acontecendo no mercado mais amplo da aviação comercial?", questionou.

Estadão
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