BofA mantém "overweight" de Brasil em portfólio de ações da A.Latina, mas corta Vale para "underweight"
Estrategistas do Bank of America continuam "overweight" em ações brasileiras em seu portfólio para a América Latina, conforme relatório a clientes nesta quarta-feira, citando uma visão construtiva para a atividade econômica e também valuations.
"Nós ainda estamos 'overweight' em Brasil, pois gostamos de bancos, nomes alavancados em taxas (de juros) e estamos otimistas com a força do consumo", afirmaram David Beker e equipe, reforçando que os fundamentos são relativamente fortes.
Eles ainda acrescentaram que os valuations permanecem descontados e que as empresas domésticas continuam a mostrar recuperação de lucros.
De acordo com os estrategistas, todos os olhos estão agora voltados para o Federal Reserve.
"Nós acreditamos que se o Fed cortar em um cenário de pouso suave (da economia dos Estados Unidos), isso pode ser positivo para os mercados latino-americanos. Mas fatores locais também importam", observaram no relatório.
No Brasil, eles avaliam que os mercados já precificaram aumentos da Selic, enquanto monitoram receios sobre política fiscal. No México, que tem "marketweight", o foco está em potenciais mudanças constitucionais entre setembro e dezembro.
Ainda na América Latina, eles estão "overweight" em Argentina, citando otimismo sobre as mudanças de políticas propostas sob a administração atual. Chile é "underweight", enquanto afirmam não ter exposição em Colômbia e Peru.
VALE
A equipe do BofA também rebaixou as ações da Vale para "underweight" ante "equal weight" em seu portfólio, citando uma perspectiva mais fraca para a China.
"Formuladores de políticas estão relutantes em intensificar a flexibilização (monetária), notavelmente em meio ao fraco crescimento orgânico", afirmaram, destacando também que veem uma perspectiva nada inspiradora para o minério de ferro.
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