Bolsa bate recorde com maior apetite a risco no exterior
Já o dólar encerrou a quinta-feira, 29, com ganho de 0,4%, cotado a R$ 3,85, após dois dias de queda
A ata da última reunião do Federal Reserve, divulgada no fim desta tarde, foi bem recebida pelos investidores, vista como um reforço às declarações do presidente da instituição, Jerome Powell, na quarta-feira. O otimismo dos agentes permitiu que as bolsas em Nova York abandonassem o sinal de queda e renovassem máximas.
O movimento em Wall Street ajudou a impulsionar o Ibovespa, que renovou seu recorde de pontuação, mesmo após ter subido 4,33% nos dois pregões anteriores. O índice doméstico encerrou em alta de 0,51%, aos 89.709,56 pontos, superando a máxima histórica de 89.598,16 pontos alcançada no início deste mês.
Após dois dias de queda, o dólar encerrou a sessão com ganho de 0,40%, a R$ 3,8534, no segmento à vista, mesmo com a realização, pelo Banco Central, de dois leilões de linha no total de US$ 1,25 bilhão. O avanço da moeda americana ante o real ocorreu na contramão dos pares emergentes.
O documento do banco central americano apontou que sua política "não está em um curso predefinido" e ressaltou riscos como a perda de fôlego das condições econômicas globais. Isso foi percebido pelo mercado como sinal de que a autoridade monetária não vai correr com a alta de juros nos Estados Unidos, o que torna os ativos de países emergentes mais atrativos para os investidores estrangeiros.
O apetite ao risco, no entanto, foi limitado pela cautela às vésperas do início do encontro do G-20 na Argentina, e pela expectativa do encontro, durante a cúpula, do presidente americano, Donald Trump, com seu colega chinês Xi Jinping sobre a disputa comercial entre os dois países. Internamente, contribuiu para a valorização da Bolsa o resultado primário do governo em outubro, acima das expectativas de analistas.