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Bolsas da Europa fecham em baixa por conta do conflito na Ucrânia; mercados da Ásia fecham em alta

Mercado europeu continua apreensivo por conta da guerra instaurada na Ucrânia após invasão da Rússia

1 mar 2022 - 09h20
(atualizado às 14h40)
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As bolsas da Europa fecharam em queda nesta terça-feira, 1.º, em mais um dia de perdas enquanto os investidores acompanham os desdobramentos da guerra instaurada na Ucrânia após a invasão da Rússia. A dificuldade dos países chegarem a um acordo de cessar-fogo e as severas sanções à economia russa deixam o mercado cauteloso e mantêm o apetite por risco baixo, penalizando as ações.

O índice Stoxx 600, que reúne as principais ações da região, encerrou a sessão em baixa de 2,37%, a 442,37 pontos.

Bombardeios russos atingiram a praça central de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, e outros alvos civis nesta terça-feira, enquanto um comboio de 64 quilômetros de tanques e outros veículos ameaçava Kiev. Autoridades ocidentais especulam que o Kremlin está tentando atrair forças ucranianas para defender Kharkiv, enquanto uma força russa maior cerca a capital do país.

Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel afirmou hoje que a Rússia comete "terrorismo geopolítico, puro e simples", com sua ação militar na Ucrânia. Durante sessão no Parlamento Europeu para discutir a crise, ele disse que a Rússia precisa "parar a guerra e voltar para casa", após o presidente Vladimir Putin lançar uma "guerra brutal na Ucrânia, sem justificativa".

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, participou virtualmente e agradeceu a "resposta unificada" da União Europeia à invasão russa e disse que ele está lutando para ser "membro igual" da Europa — ontem o líder ucraniano realizou pedido formal de adesão ao bloco, o que Moscou rejeita.

Na sessão, o Alto Representante da União Europeia (UE), Josep Borrell, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ainda pontuaram que o bloco precisa "trabalhar rápido para cancelar" sua dependência da Rússia no setor de energia.

Mas a busca por negociações diplomáticas parece continuar. A agência russa Tass informou que, segundo o site de notícias ucraniano Zerkalo Nedeli, outra rodada de negociações entre as delegações russa e ucraniana está marcada para amanhã.

A sessão de hoje também foi marcada pela divulgação de índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) industriais europeus, entre eles o da zona do euro, que caiu a 58,2 na leitura final de fevereiro. Já o da Alemanha baixou a 58,4 e o do Reino Unido avançou a 58,0 no mesmo período. Ainda, a Itália divulgou que seu Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 6,6% em 2021, enquanto a inflação continuou a mostrar força na Alemanha.

Em Londres, o FTSE 100 recuou 1,72%, para 7.330,20 pontos, enquanto, em Frankfurt, o DAX cedeu 3,85%, a 13.904,85 pontos, com as ações de Deutsche Bank (-7,57%) e Commerzbank (-11,20%) sendo os papéis mais negociados no dia. As bolsas de Frankfurt, Paris e Milão terminaram nas mínimas do dia.

O FTSE MIB, de Milão, perdeu 4,14%, fechando em 24.363,56 pontos, com Intesa Sanpaolo em baixa de 7,72% e Telecom Italia, de 9,05%. O CAC 40, de Paris, caiu 3,94%, a 6.396,49 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 recuou 1,17%, a 5.498,27 pontos. O Ibex 35, de Madri, por sua vez, registrou baixa de 3,43%, a 8.188,20 pontos.

Ásia

Os mercados acionários da Ásia registraram ganhos nesta terça-feira. Indicadores da China foram analisados por investidores, mas continuou a haver certa cautela com a invasão militar russa na Ucrânia.

A Bolsa de Xangai fechou em alta de 0,77%, em 3.488,83 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 0,35%, a 2.326,25 pontos. Na agenda de indicadores, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria da China subiu de 50,1 em janeiro a 50,2 em fevereiro, na leitura oficial, o que contrariou a previsão de queda a 49,9 dos economistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

Na pesquisa da IHS Markit e da Caixin Media, o PMI da indústria chinesa avançou de 49,1 em janeiro a 50,4 em fevereiro, também acima da marca de 50 que separa contração de expansão da atividade nessas pesquisas. A Oanda diz que os dados aliviaram temores de uma desaceleração da China e retiraram por ora o foco dos problemas do setor imobiliário do país. Entre ações em destaque, Agricultural Bank of China subiu 0,7% e Bank of China, 0,6%.

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei registrou ganho de 1,20%, a 26.844,72 pontos. Ações de transporte marítimo e do setor de defesa se beneficiaram. Mitsui O.S.K. Lines avançou 6,2% e Mitsubishi Heavy Industries teve alta de 5,1%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng terminou com ganho de 0,21%, em 22.761,71 pontos. A KGI Securities diz que a proximidade do Congresso Nacional do Povo da China, um evento anual que começa neste fim de semana, está tendo um efeito estabilizador nas ações chinesas, mas complementa que o conflito na Ucrânia deve continuar a causar volatilidade.

Na Bolsa de Seul, o índice Kospi subiu 0,84%, para 2.699,18 pontos, terminando na máxima do dia.

Em Taiwan, o índice Taiex fechou em alta de 1,39%, em 17.898,25 pontos.

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 terminou com ganho de 0,67%, em 7.096,50 pontos, na Bolsa de Sydney. O Banco Central da Austrália (RBA, na sigla em inglês) decidiu hoje manter a taxa básica de juros em 0,10%. Além disso, ações de energia foram apoiadas pelos ganhos recentes do petróleo.

*Com informações da Dow Jones Newswires

Estadão
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