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Bolsas reagem com cautela a novo recuo de Trump sobre a China

Os mercados de ações asiáticos operam divididos entre otimismo moderado e cautela nesta quinta-feira (24), depois que o governo de Donald Trump delineou uma saída para sua guerra comercial com Pequim e Washington garantiu que a moeda japonesa não é um dos seus "alvos". O presidente dos Estados Unidos mencionou, nesta quarta-feira (23), a possibilidade de "um acordo justo" com a China, embora negociações concretas não tenham começado, segundo o secretário americano do Tesouro.

24 abr 2025 - 06h02
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Os mercados de ações asiáticos operam divididos entre otimismo moderado e cautela nesta quinta-feira (24), depois que o governo de Donald Trump delineou uma saída para sua guerra comercial com Pequim e Washington garantiu que a moeda japonesa não é um dos seus "alvos". O presidente dos Estados Unidos mencionou, nesta quarta-feira (23), a possibilidade de "um acordo justo" com a China, embora negociações concretas não tenham começado, segundo o secretário americano do Tesouro.

Comentários mais conciliadores de Trump levaram a bolsa de Nova York a encerrar em alta na sessão desta quarta-feira (23). O índice Dow Jones subiu 1,07% e o Nasdaq avançou 2,50%.
Comentários mais conciliadores de Trump levaram a bolsa de Nova York a encerrar em alta na sessão desta quarta-feira (23). O índice Dow Jones subiu 1,07% e o Nasdaq avançou 2,50%.
Foto: AP - Richard Drew / RFI

A China assegurou estar aberta ao diálogo com Washington, mas negou que existam negociações em curso. "Qualquer afirmação sobre um avanço nas discussões sino-americanas significam pura especulação e não repousam sobre nenhum fato concreto", indicou o porta-voz do Ministério do Comércio da China, He Yadong.

As tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo dispararam após o aumento das tarifas às importações da China este ano, com 145% adicionais sobre muitos produtos, em reação a práticas que Washington considera injustas. Pequim, por sua vez, reagiu com novas tarifas alfandegárias de 125% sobre os produtos americanos.

Nesta quarta, Trump disse a jornalistas que seu país obterá um "acordo justo com a China". Perguntado se tem mantido conversas com Pequim, o presidente republicano respondeu: "Tudo está ativo".

Os investidores digeriram o tom mais conciliador dos Estados Unidos. Os comentários do secretário de Finanças dos Estados Unidos também contribuíram: Scott Bessent considerou que as sobretaxas estabelecidas por ambos os lados deveriam ser reduzidas como pré-requisito para qualquer discussão, e disse que "uma redução é possível" de ambos os lados.

Bolsas asiáticas oscilam

Nesta quinta-feira, na Bolsa de Valores de Tóquio, o principal índice Nikkei subiu 0,48%, a 35.039,15 pontos no fechamento. A bolsa de Sydney subiu 0,6%. Seul, por outro lado, fechou em baixa de 0,13%, após o anúncio de uma contração inesperada no crescimento da Coreia do Sul no primeiro trimestre de 2025, prejudicada pelo impacto das tensões comerciais nas exportações do país.

Os mercados chineses hesitaram: o índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,21% e o índice composto de Xangai se manteve no equilíbrio +0,03%. Já o de Shenzhen perdeu 0,7%.

"Os comentários [de Trump e Dessent] criam um clima propício à retomada de compras de ativos considerados de risco", destaca Kathleen Brooks, da empresa XTB. Mas "para evitar um agravamento das perspectivas de crescimento global, um acordo deve ser alcançado rapidamente, agora que Trump parece estar revisando seus planos tarifários para baixo", disse. "O mercado é levado por uma onda de otimismo", observa Brooks.

"Parece haver um nível de instabilidade nos mercados financeiros que o governo Trump não está preparado para tolerar", avalia Lloyd Chan, do MUFG Bank.

No entanto, as afirmações de Scott Bessent de que um reequilíbrio sino-americano "poderia levar de dois a três anos", e o fato de Donald Trump "não ter proposto unilateralmente nenhuma redução de tarifas sobre a China", contribuem, "de certa forma, para diminuir o otimismo do mercado", alerta.

Na Europa, os mercados também demonstram prudência, e operam sob a influência da publicação de uma série de balanços de grandes companhias do bloco. Paris abriu em queda de 0,55% e Frankfurt, de 0,34%. Londres começou o pregão no equilíbrio, a 0,06%, enquanto Milão estava em leve alta de 0,3%. 

Pressões sobre a moeda japonesa

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos também indicou, na quarta-feira, que Washington não tem "nenhuma meta para a taxa de conversibilidade do iene em relação ao dólar", nas negociações comerciais entre os dois países. Donald Trump tem repetidamente pedido um iene mais forte, argumentando que o enfraquecimento da moeda japonesa favorece indevidamente as exportações do arquipélago e, inversamente, prejudica as vendas de produtos americanos para o Japão.

"O anúncio de Bessent de que os Estados Unidos não teriam como alvo a política monetária do Japão foi uma mudança silenciosa, mas significativa" para "um mercado hipersensível à retórica ambivalente", disse Stephen Innes, da SPI Asset Management.

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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