Bolsonaro afirma que não é possível perpetuar auxílio
Há uma semana, presidente havia dito aos apoiadores que prorrogação do benefício era uma opção
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, 1, que não é possível "perpetuar" benefícios concedidos à população por conta da pandemia do novo coronavírus e acrescentou que é necessário definir a situação.
"Temos internamente os nossos problemas. Ajudamos o povo do Brasil com alguns projetos por ocasião da pandemia. Alguns querem perpetuar tais benefícios. Ninguém vive dessa forma", disse Bolsonaro em discurso ao visitar obras da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, em Foz do Iguaçu.
"Temos que ter a coragem para tomar decisões. Pior do que uma decisão até mesmo mal tomada é uma indecisão. Nós temos que decidir. Nós temos que operar pelo nosso povo, pelo nosso país", acrescentou o presidente.
Há uma semana, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, Bolsonaro não descartou uma nova prorrogação do auxílio emergencial.
Aprovada pelo Congresso em março, a renda emergencial de 600 reais mensais aos chamados vulneráveis durante a crise do coronavírus foi paga pelo governo federal por três meses.
Depois, em setembro, o governo editou uma medida provisória que prorroga o auxílio até dezembro deste ano, mas em parcelas no valor de 300 reais.
Publicamente, o presidente sempre tem chamado a atenção para o impacto da ajuda nas contas públicas brasileiras e alertado que um dia esse suporte vai ter fim.