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Bolsonaro assina MP que eleva salário mínimo para R$ 1.045

Valor anterior havia sido calculado com base em projeção de inflação, que veio acima do esperado

31 jan 2020 - 10h28
(atualizado às 12h57)
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O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 31, publica a Medida Provisória 919/2020, que define em R$ 1.045,00 o salário mínimo para 2020 a partir de 1º de fevereiro. O valor é R$ 6 a mais do que o de R$ 1.039,00, inicialmente fixado pelo governo na MP 916, de 31 de dezembro de 2019, que foi revogada nesta sexta.

Presidente Jair Bolsonaro deixa Palácio da Alvorada, em Brasília
22/01/2020 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro deixa Palácio da Alvorada, em Brasília 22/01/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Em decorrência do disposto no caput, o valor diário do salário mínimo corresponderá a R$ 34,83 (trinta e quatro reais e oitenta e três centavos) e o valor horário, a R$ 4,75 (quatro reais e setenta e cinco centavos)", cita o texto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Em 31 de dezembro de 2019, uma medida provisória estipulou para 2020 o valor de R$ 1.039, com base em projeção de inflação.

Mas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que corrige o mínimo, ficou em 4,48% no ano passado. Assim, o reajuste do salário mínimo ficaria abaixo da inflação. Por isso, no último dia 14, o governo decidiu elevar o valor do mínimo para R$ 1.045.

Pelos cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor do salário mínimo serve de referência para 49 milhões de pessoas.

De acordo com cálculos do governo, o aumento de cada R$ 1 no salário mínimo implica despesa extra em 2020 de aproximadamente R$ 355,5 milhões. Com o reajuste para R$ 1.045, o impacto estimado é de R$ 2,3 bilhões.

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