Script = https://s1.trrsf.com/update-1730403943/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Bolsonaro critica Petrobras e promete ir à Justiça para reduzir preços

O presidente admitiu, no entanto, que são remotas as possibilidades de conseguir decisão favorável e reclamou de interferências do Judiciário em medidas do governo para enfrentar os efeitos da alta na inflação

12 mai 2022 - 21h06
(atualizado às 21h22)
Compartilhar
Exibir comentários
Jair Bolsonaro durante live nesta quinta-feira (12)
Jair Bolsonaro durante live nesta quinta-feira (12)
Foto: Reprodução | Facebook

SALVADOR E SÃO PAULO - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 12, que vai recorrer à Justiça para tentar obrigar a Petrobras a reduzir o preço dos combustíveis. O presidente admitiu, no entanto, que são remotas as possibilidades de conseguir decisão favorável e reclamou de interferências do Judiciário em medidas do governo para enfrentar os efeitos da alta na inflação.

"A gente espera redução do preço. Vamos ter que recorrer à Justiça. Sabemos que, quando eu recorro, é quase impossível eu ganhar", disse Bolsonaro durante live transmitida nas redes sociais nesta quinta-feira, 12.

Pressionado pela inflação crescente no País e o possível impacto nas eleições, o presidente critica publicamente a petroleira estatal pelos reajustes no preço dos combustíveis, que seguem a política de paridade de preços internacionais.

Sem a medida, a Petrobras praticaria um preço muito abaixo de concorrentes que importam combustível, pagando o valor da cotação internacional, levando ao risco de desabastecimento. Atualmente, cerca de 30% do diesel consumido no país é importado.

Como mostrou o Estadão, o governo se beneficia do preço mais alto do petróleo, por um aumento da arrecadação de impostos. Em três anos, desde o início do governo Bolsonaro, a Petrobras pagou ao governo federal R$ 447 bilhões em pagamentos de tributos, royalties e outras taxas. Isso faz da empresa um dos maiores contribuintes para a arrecadação federal.

Sem conseguir interferir na estatal, o chefe do Executivo exonerou ontem o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o substituiu por Adolfo Sachsida.

"Estamos fazendo o possível na Petrobras, sem interferência, para ela entender seu papel. Entender como? Fazendo aqui mudanças, como fizemos no Ministério de Minas e Energia. Ministro Bento foi quem pediu para sair. Tínhamos um pequeno problema na Petrobras, ele decidiu assinar sua saída do Ministério de Minas e Energia", afirmou.

Crítica ao lucro

O presidente voltou a dizer que a Petrobras tem "lucro absurdo" e cobrou novamente que governadores reduzam a alíquota do ICMS para diminuir o preço do diesel e do gás de cozinha.

"Abri mão do imposto federal do diesel e gás de cozinha, mas lamentavelmente com o ICMS, que é o imposto estadual. Eu sancionei uma nova lei, onde, no final das contas, tendo em vista a fórmula de cálculo do ICMS, o diesel tinha que reduzir 0,30 centavos. Poucas semanas depois, em uma reunião do Confaz, eles aumentaram em 0,30 centavos. A arrecadação do ICMS dos combustíveis tem batido recorde ano após ano", reclamou. Bolsonaro também culpou a interferência nos preços da Petrobras em governos petistas pelos aumentos atuais.

IPI da Zona Franca de Manaus

O chefe do Executivo também criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de suspender a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para a Zona Franca de Manaus.

"Lamentavelmente, nosso querido ministro acolheu uma ação, uma liminar, para que os produtos produzidos na Zona Franca de Manaus voltassem a ter um preço mais alto. Essa proposta nossa não ataca os empregos da ZFM. Os políticos carreiristas, como Omar Aziz, fazem demagogia, como se fossem os protetores da ZFM."

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade