"Não defendo trabalho infantil e nem escravo", diz Bolsonaro
Presidente havia afirmado, em uma transmissão ao vivo pelo Facebook, que não foi prejudicado por ter começado a trabalhar durante a infância
Um dia depois de afirmar em uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook que não foi "prejudicado em nada" por ter começado a trabalhar durante a infância, o presidente Jair Bolsonaro disse na manhã desta sexta-feira, 5, que não defende o trabalho infantil. Ele voltou a dizer que trabalhar enobrece o cidadão.
"Não estou defendendo trabalho infantil, muito menos escravo. Mas me fez muito bem trabalhar. Me transformou fisicamente muito bem. Depois fui ser pentatleta das Forças Armadas", explicou o presidente, após ser questionado por jornalistas. Ele participou de solenidade de comemoração do 196º Aniversário de criação do Batalhão do Imperador e o 59º de sua Transferência para a Capital Federal. O evento foi realizado no Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília.
Na transmissão realizada ontem à noite, Bolsonaro comentou que, por volta dos nove anos de idade, quebrava milho na plantação da fazenda em que seu pai trabalhava, em Eldorado Paulista. O presidente fez questão de ressaltar, no entanto, que não vai apresentar nenhum projeto para descriminalizar o trabalho infantil, porque, se o fizesse, "seria massacrado".
"Eu disse na própria live que não defenderia. Que não enviaria um projeto neste sentido. Mas eu trabalhei desde oito anos de idade quebrando milho, plantando milho com matraca, colhendo banana próximo aos dez anos de idade e estudava. E hoje eu sou o que sou. Isso não é demagogia, é a verdade", afirmou.