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Bolsonaro diz que reajuste do Bolsa Família não chega a 100%

Próprio presidente chegou a cogitar essa possibilidade, mas recuou e garantiu apenas 50% de alta

9 ago 2021 - 09h47
(atualizado às 09h52)
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O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta segunda-feira que o reajuste no valor médio do Bolsa Família não deve chegar a 100%, como ele mesmo chegou a cogitar na semana passada, mas garantiu um aumento acima de 50%.

Presidente Jair Bolsonaro durante passeio de moto com apoiadores em Brasília
08/08/2021
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro durante passeio de moto com apoiadores em Brasília 08/08/2021 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Em entrevista a uma rádio online da Bahia, Bolsonaro afirmou que gostaria de dobrar o valor do benefício --que passaria dos atuais 192 reais em média para quase 400 reais--, mas que não pode "ser irresponsável com a economia".

"Estamos em fase quase final de definirmos um novo valor do Bolsa Família", disse. "Nós acertamos aqui no mínimo 50% de reajuste no Bolsa Família. Nós queremos 100%, mas temos que ter responsabilidade. A economia não pode quebrar. Se quebrar a economia não adianta você ganhar 1 milhão de reais por mês que você não vai dar para comprar um pãozinho."

A ideia de reajuste de 100% no Bolsa Família veio de pressões políticas para encorpar o programa mirando as eleições de 2022, mas enfrenta resistência da equipe econômica, que tem tido dificuldades para encontrar orçamento até mesmo para o reajuste de 50%.

O presidente deve ir ainda na manhã desta segunda ao Congresso levar a medida provisória com as modificações no programa, que terá seu nome alterado para Auxílio Brasil. O texto, no entanto, não deverá ter ainda o reajuste do programa.

Bolsonaro entregará ainda ao Congresso a Proposta de Emenda à Constituição que altera o pagamento de precatórios --dívidas judiciais da União-- e cria um fundo extra-teto de gastos com recursos que devem vir de privatizações para ajudar a pagar o novo programa social.

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