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Bolsonaro sobre auxílio definitivo: 'Ninguém trabalha mais'

Benefício pago até dezembro para amenizar o impacto da crise causada pelo coronavírus teve cinco prestações de R$ 600 e quatro de R$ 300

7 jan 2021 - 12h14
(atualizado às 12h48)
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Pressionado para retomar o pagamento do auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro ironizou sobre a possibilidade de o governo estender a ajuda paga a desempregados, trabalhadores informais e beneficiários do Bolsa Família em 2020.

Bolsonaro sobre auxílio definitivo: 'Ninguém trabalha mais'
Bolsonaro sobre auxílio definitivo: 'Ninguém trabalha mais'
Foto: fdr

Em conversa com simpatizantes, um dos apoiadores disse a Bolsonaro que o chefe do Planalto recebeu muito apoio no interior do Amazonas após o pagamento do auxílio. O presidente, no entanto, evitou se comprometer com um benefício em 2021 e ironizou a situação afirmando que, se pagar R$ 5 mil por mês para a população, ninguém mais vai trabalhar.

Os contemplados no auxílio receberam cinco prestações de R$ 600 e quatro de R$ 300. Mulheres chefes de família tiveram direito a duas cotas. Portanto, as cinco primeiras parcelas foram de R$ 1.200, enquanto as quatro últimas, de R$ 600.

"Qual país do mundo fez auxílio emergencial? Parecido foi nos Estados Unidos. Aqui alguns querem torná-lo definitivo. Foram quase 68 milhões de pessoas. No começo, foram R$ 600. Vamos pagar para todo mundo R$ 5 mil por mês, ninguém trabalha mais, fica em casa."

Como mostrou o Estadão, ao menos 30 países criaram novos programas de transferência de renda ou fortaleceram os já existentes para tentar evitar uma tragédia social, conforme levantamento do Banco Mundial publicado em março de 2020.

Durante a pandemia de covid-19, o pagamento do auxílio emergencial reduziu momentaneamente os índices de pobreza e desigualdade. O fim do benefício, porém, pode levar o País de volta ao patamar da década de 1980 nesses índices, conforme o Estadão já noticiou. O auxílio emergencial foi pago para que trabalhadores informais e desempregados pudessem adotar o isolamento social e evitar a doença, medida criticada por Bolsonaro.

Na quarta-feira, 6, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou o fechamento de atividades na capital e a manutenção apenas de serviços essenciais a partir da semana que vem. Bolsonaro não citou diretamente nenhum prefeito ou governador, mas criticou a possibilidade de novas decisões como essa.

"Se começar a fechar tudo de novo, vai quebrar o Brasil. O Brasil vai se empobrecer. Um país pobre, de famintos, a gente não sabe o que vai acontecer", afirmou o presidente. Mais uma vez, ele declarou que o País está "quebrado" por conta da crise no setor público, inclusive nos municípios.

Após o fim do socorro social, parlamentares pressionam a União a lançar uma nova rodada em 2021 ou turbinar o Bolsa Família, com Orçamento previsto de R$ 34,9 bilhões neste ano. Na quarta-feira, 6, o candidato à presidência da Câmara Baleia Rossi (MDB-SP) defendeu a volta do auxílio emergencial e ou um Bolsa Família maior. Baleia enfrenta o deputado Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo Palácio do Planalto, na disputa.

Como antecipou o Estadão, o governo tem uma proposta para reestruturar o Bolsa Família e incluir mais 200 mil famílias, mas a fila para ingressar no programa está em 1,3 milhão de famílias.

Estadão
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