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Bovespa cai 3% e quase zera ganhos do mês

Volume financeiro do pregão somou R$ 10,5 bilhões

16 out 2014 - 18h17
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<p>Ibovespa encerrou em baixa de 3,27%, a 54.298 pontos, com quase todas as a&ccedil;&otilde;es da carteira te&oacute;rica no vermelho, na segunda sess&atilde;o seguida de queda</p>
Ibovespa encerrou em baixa de 3,27%, a 54.298 pontos, com quase todas as ações da carteira teórica no vermelho, na segunda sessão seguida de queda
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

O principal índice da Bovespa fechou em queda pelo segundo dia seguido nesta quinta-feira e quase zerou os ganhos acumulados no mês, ainda sob efeito da onda de aversão a risco que se espalhou nos mercados externos por preocupações com o crescimento global.

Agentes financeiros locais também repercutiram pesquisas eleitorais confirmando empate técnico entre o candidato Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na disputa presidencial, e em particular o aumento na rejeição ao candidato tucano revelado pelo Datafolha.

O Ibovespa encerrou em baixa de 3,27%, a 54.298 pontos, com quase todas as ações da carteira teórica no vermelho, na segunda sessão seguida de queda.

O declínio apurado na véspera e nesta sessão reduziu o ganho acumulado no mês para 0,34%, ante os 7,2% contabilizados até a terça-feira.

O volume financeiro do pregão somou R$ 10,5 bilhões.

No exterior, as bolsas nos Estados Unidos ensaiaram uma reação, após dados de auxílio-desemprego e comentários do presidente do Fed de St Louis, James Bullard, mas teve dificuldade de firmar-se no azul, diante da apreensão sobre o potencial impacto da fraqueza da demanda global na economia norte-americana.

O S&P 500 encerrou o dia praticamente estável. Na Europa, mais cedo, FTSEurofirst 300 tocou a mínima de 13 meses antes de fechar em queda de 0,49%.

Muitos profissionais veem o movimento como realização de lucros e redução de exposição a risco com o quadro mais incerto, uma vez que há poucas semanas o S&P 500 estava na máxima recorde, enquanto o europeu atingia a maior cotação em vários anos, mesmo com a recuperação econômica ainda lenta.

O gestor Joaquim Kokudai, da Effectus Investimentos, destacou que a deterioração externa somou-se à tensão doméstica com o cenário eleitoral. "Trouxe um componente adicional e importante de volatilidade", ressaltou.

Operadores disseram que pesou sobre na Bovespa nesta quinta-feira, principalmente nas empresas estatais, o aumento da rejeição ao candidato do PSDB, favorido do mercado, mostrado por pesquisa Datafolha na véspera, enquanto a presidente Dilma Rousseff (PT) viu sua rejeição oscilar para baixo.

As ações da Petrobras figuraram entre as maiores perdas, com recuo superior a 7%, embora ainda acumulem ganho em outubro. Eletrobras e Banco do Brasil também fecharam no vermelho.

Notícias corporativas

As ações da Oi recuaram 7,4%, após o conselho de administração da empresa de telecomunicações aprovar proposta de grupamento da totalidade de ações ordinárias e preferenciais da companhia, na razão de dez para uma.

MRV encerrou estável após divulgar que suas vendas contratadas subiram 5,7% no terceiro trimestre sobre um ano antes. Já os lançamentos subiram 17,3% na mesma base. Mas a MRV apurou recuos em ambas as linhas na comparação com o segundo trimestre.

O dólar ainda em alta ajudou as ações da Embraer, que têm a receita impactada por exportações.

Fora do Ibovespa, os papéis da MMX Mineração e Metálicos despencaram 16,6% depois que a MMX Sudeste Mineração dar entrada com pedido de recuperação judicial em caráter de urgência.

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