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Bovespa tem alta de quase 2%, apesar de queda da Petrobras

No pior momento do dia, as ações preferenciais da Petrobras caíram mais de 9% e as ordinárias mais de 6%

23 abr 2015 - 18h43
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A Bovespa fechou no maior patamar em cinco meses nesta quinta-feira (23), em sessão marcada pela repercussão do resultado financeiro auditado de 2014 da Petrobras, divulgado na noite da véspera com meses de atraso.

As ações preferenciais Petrobras terminaram em baixa de apenas 1,52%
As ações preferenciais Petrobras terminaram em baixa de apenas 1,52%
Foto: Sergio Moraes / Reuters

Na sessão, o principal índice do mercado nacional (Ibovespa) subiu 1,95%, a 55.684 pontos, máxima desde 21 de novembro de 2014. O volume financeiro somou R$ 9,4 bilhões.

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A Petrobras teve prejuízo de R$ 21,6 bilhões em 2014.

Analistas destacaram negativamente dados sobre endividamento e perspectivas para o fluxo de caixa do balanço, bem como o anúncio de não pagamento de dividendos, embora tenham avaliado que a divulgação do resultado trazia "alívio". Em teleconferência com analistas, a estatal disse que irá priorizar redução do endividamento no novo plano de investimento da empresa, a ser divulgado nos próximos 30 dias.

O diretor financeiro da companhia, Ivan Monteiro, disse à Reuters que a Petrobras está estudando opções de desinvestimento da sua subsidiária BR Distribuidora. As ações da estatal abriram em forte queda, mas o movimento perdeu força, com as ordinárias revertendo e fechando em alta de 5,63%, a R$ 14,06, maior valor desde 4 de novembro de 2014.

"Apesar dos grandes desafios, a divulgação do balanço tirou um grande peso das costas da Petrobras e do próprio País, o que ajuda nos ativos de modo geral", disse o gestor Joaquim Kokudai, sócio na sócio na JPP Capital Gestão de Recursos.

As ações preferenciais terminaram em baixa de apenas 1,52%. No pior momento do dia, as preferenciais caíram mais de 9% e as ordinárias mais de 6%. 

Bendine diz que Petrobras não vai parar:

Altas do dia

A mineradora Vale foi pelo segundo dia consecutivo um dos suportes do Ibovespa, após novo avanço dos preços do minério de ferro na China, com as preferenciais encerrando com ganho de 6,56% e as ordinárias subindo 8,43%, o que colocou as respectivas cotações na máxima em cerca de dois meses.

O setor de siderurgia foi outro destaque positivo, com Usiminas avançando 6,76%, após resultado no primeiro trimestre acima das expectativas. CSN, que tem fatia na concorrente, saltou 7,31%. O papel da empresa de educação Kroton subiu 6,19%, em meio a comentários do ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, de que todas as matrículas do programa de financiamento estudantil Fies serão renovadas, segundo informações da Agência Brasil.

Ações de bancos, com peso expressivo no Ibovespa, endossaram o avanço, com Itaú Unibanco subindo 2,71% e Bradesco ganhando 2,19%.

A Marcopolo também chamou a atenção ao disparar na parte da tarde, fechando em alta de 11,32%. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus sobre a produção de ônibus mostraram aumento da sua participação de mercado, enquanto a corretora Brasil Plural destacou em relatório a empresa como em melhor situação para competir no setor.

Quedas do dia

A Rumo ALL destoou e terminou em queda de 9,70%, depois de anunciar que seu plano de investimentos contempla R$ 2,8 bilhões até o final de 2016. Fora do Ibovespa, Anima Educação subiu 7,12%, um dia após a empresa informar que decidiu desfazer o contrato para unir suas operações com as da americana Whitney University System no Brasil. 

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