Bovespa fecha em queda com perda de força da Petrobras
Principal índice da bolsa brasileira recuou 0,36%, acumulando três pregões em queda
A bolsa paulista fechou a segunda-feira com o seu principal índice em queda pelo terceiro pregão consecutivo, em meio a movimentos de realização de lucros após o Ibovespa ter se aproximado dos 55 mil pontos na semana passada.
Siga o Terra Notícias no Twitter
Em sessão marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações, papéis do setor financeiro responderam pela principal pressão negativa no índice, bem como pesou o enfraquecimento das ações da Petrobras.
O Ibovespa recuou 0,36%, a 53.761 pontos, revertendo o viés da primeira etapa do dia, quando chegou a subir 0,8% na máxima do dia.
O volume financeiro somou R$ 8,58 bilhões, incluindo o giro do exercício das opções.
As preferenciais da Petrobras, que subiram 2,84% na máxima do dia, terminaram com acréscimo de 0,61%, enquanto as ordinárias recuaram 0,23%, após avançarem 2,79%.
O enfraquecimento das ações aconteceu após o vencimento de opções na Bovespa, que teve os papéis preferenciais da estatal entre as séries mais líquidas, com as opções de compra a R$ 11,16 respondendo pelo maior volume do exercício (R$ 121,80 milhões).
Os acertos da Petrobras com a Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banco do Brasil e Standard Chartered, que cobririam as necessidades de financiamento da estatal em 2015, também ajudaram os papéis na parte da manhã.
Mas, de acordo com profissionais do mercado, o feriado no Brasil na terça-feira, quando a Bovespa não funciona, reduziu o ímpeto diante da divulgação na quarta-feira do balanço auditado de 2014 da petroleira estatal.
O UBS disse em nota a clientes esperar prejuízo da Petrobras em 2014, mas de qualquer forma acredita que a empresa irá declarar dividendos aos detentores de papéis preferenciais, mesmo com pagamento atrasado, considerando as reservas de lucros da companhia.
A piora das ações da Petrobras somou-se a perdas no setor financeiro, com investidores realizando ganhos e reavaliando o nível de preço de determinados papéis diante do cenário econômico, conforme se aproxima nova safra local de balanços.
Itaú Unibanco e Bradesco, que detêm quase 20% do Ibovespa, caíram 1,67% e 0,68%, enquanto Cielo perdeu 1,08%.
Kroton esteve entre os destaques positivos, com alta de 3%, em meio a uma notícia publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, segundo a qual, a empresa de ensino deve firmar até o fim do ano uma joint venture com uma instituição financeira para oferecer linha de crédito de longo prazo para seus alunos.
O enfraquecimento na segunda etapa do dia fez as operações locais descolarem de Wall Street, onde balanços e o corte na taxa de depósito compulsório dos bancos pela China sustentaram forte alta dos principiais índices. O S&P 500 fechou em alta de 0,92%.