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Bovespa fecha estável em 0,03% com queda de Petrobras e Vale

O volume financeiro da sessão foi de R$ 4,7 bilhões, abaixo da média do mês, de R$ 7,8 bilhões

19 fev 2015 - 18h35
(atualizado em 20/2/2015 às 09h23)
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As preferenciais da Petrobras caíram 3,66%, acompanhando o declínio do petróleo, mas ainda acumulam em fevereiro alta de quase 20%
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

A bolsa paulista fechou praticamente estável nesta quinta-feira (19), mantendo a sequência positiva que já alcança quatro pregões, mas novamente com giro financeiro abaixo da média, evidenciando a cautela dos investidores em relação ao recente rali.

O volume financeiro da sessão foi de apenas R$ 4,7 bilhões, abaixo da média do mês, de R$ 7,8 bilhões.

As ações de educação lideraram a alta do Ibovespa, em meio a cobertura de posições vendidas e busca por barganhas. Mas o movimento de realização de lucro com as ações da Petrobras e Vale pressionou o principal índice da Bovespa, que fechou com variação positiva de 0,03%, a 51.294 pontos.

Na visão do operador de ações da Quantitas Asset Management, Thiago Montenegro, o segmento de commodities vem apresentando bastante volatilidade, característica de um mercado em busca de um piso e de reversão, o que explica a volatilidade na bolsa local, em especial dos papéis da Vale e Petrobras.

No caso da estatal, as preferenciais caíram 3,66%, acompanhando o declínio do petróleo, mas ainda acumulam em fevereiro alta de quase 20%. As preferenciais da Vale fecharam em queda de 2,51%, em sessão que incluiu dados de produção da mineradora, considerados de modo geral neutros por analistas.

Montenegro ressaltou que o fluxo de estrangeiro tem sido consistente desde o início do ano, o que ajuda a explicar o desempenho da Bovespa no acumulado do ano, embora avalie que o movimento de alta da bolsa paulista não irá se manter.

O Ibovespa acumula alta de 2,57% no ano, sendo que em fevereiro o ganho chega a 9,35% até esta quinta-feira. Dados de fluxo de capital externo para a Bovespa mostram um saldo positivo de R$ 3,2 bilhões no ano até o dia 13 de fevereiro.

Alta nas ações de educação

As ações das empresas de educação Kroton e Estácio Participações avançaram 9,22% e 5,73%, respectivamente, com operadores citando cobertura de posições por agentes que tinham alugado os papéis para vendê-los (short squeeze).

Mais cedo, relatório da Votorantim Corretora chamou a atenção para a possibilidade de "short squeeze" em Estácio dado o elevado nível de demanda no aluguel dos papéis, que impulsionou a taxa média de aluguel para acima de 20 por cento.

Profissionais do mercado de renda variável também citaram algumas compras em busca de barganhas, citando que Kroton, por exemplo, acumulava até a véspera perda ao redor de 30% em 2015, enquanto Estácio recuava quase 22%.

As ações de Kroton e Estácio vêm sofrendo desde o início do ano após mudanças nas regras do programa de financiamento estudantil Fies no final de 2014, em meio a incertezas sobre o impacto nas empresas após forte valorização das ações nos últimos anos.

Outros papéis

A ação da fabricante de ônibus Marcopolo disparou 7,69%, com operadores citando que está difícil alugar papéis da empresa, já que quase 10% das ações negociadas no mercado são alugadas.

Operadores também atrelaram a alta a especulações em torno de um comunicado da empresa informando reunião do Conselho de Administração no dia 23 de fevereiro para deliberar sobre dividendos do exercício 2014, juros do exercício 2015 e recompra de ações.

Outro suporte relevante para a nova alta do Ibovespa veio de BB Seguridade, que subiu 4,38%, após o JPMorgan elevar a recomendação da ação para "overweight", avaliando que é um dos melhores nomes para "navegar o ambiente macro no Brasil devido à baixa dependência de atividade econômica".

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