Bovespa sobe 0,63% com 'bom humor' de Wall Street
O papel preferencial da Petrobras fechou em leve queda de 0,1%, enquanto a ação ordinária perdeu 0,7%
A Bovespa recuperou-se no final do pregão desta quinta-feira, apoiada na influência positiva de Wall Street e pela menor pressão das ações da Petrobras, após três quedas seguidas levaram o principal índice aos menores níveis desde março.
O Ibovespa fechou em alta de 0,63%, aos 49.861 pontos. O giro financeiro da sessão foi de R$ 6,3 bilhões.
As ações da Petrobras, que chegaram a cair ao redor de 5% na mínima, devolveu grande parte das perdas, após o Ministério Público Federal divulgar as denúncias resultantes da Operação Lava Jato, envolvendo 35 pessoas, sendo 22 vinculadas a algumas das maiores empreiteras do país.
O papel preferencial da Petrobras fechou em leve queda de 0,1%, enquanto a ação ordinária perdeu 0,7%.
"O mercado interpretou que as denúncias servirão para a tomada de medidas que vão reduzir a influência política na empresa", disse Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da Renascença DTVM.
Wall Street puxa alta
Em outra frente, os negócios refletiram o tom positivo das bolsas dos Estados Unidos, que também avançavam após três dias no vermelho, reagindo dados apontarem fortalecimento da economia norte-americana.
Gol subiu 3,5%, após o JPMorgan elevar a a recomendação para as ações da companhia aérea ter sido elevada para "overweight" ante neutra. Marfrig e JBS foram destaques positivos, após a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) informar que as exportações de carne bovina do país tiveram faturamento recorde em 2014.
Ações do setor financeiro foram as que deram mais força ao índice, com destaque para Banco do Brasil e Bradesco, com altas de 4,3% e e 2,4%, respectivamente.
Na ponta contrária, Vale seguiu a trajetória negativa recente, acompanhando a queda do preço internacional do minério de ferro ao menor nível em mais de cinco anos.
TIM caiu 2,3%, depois de ter saltado 11% na véspera com a notícia de que as rivais Oi; Vivo, da Telefonica e Claro, da América Móvil estariam preparando uma oferta conjunta de US$ 15 bilhões (aproximadamente R$ 39,40 bilhões) pela operadora de telecomunicações.