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Bovespa sobe 1,8% com Petrobras e Vale

Ibovespa fechou na máxima da sessão, com alta de 1,79%, a 57.948 pontos

15 set 2014 - 18h32
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<p>O volume financeiro da sess&atilde;o alcan&ccedil;ou R$ 9,6 bilh&otilde;es</p>
O volume financeiro da sessão alcançou R$ 9,6 bilhões
Foto: Getty Images

A Bovespa abriu a semana em alta, ajudada pela recuperação das ações da Petrobras antes da divulgação de novas pesquisas eleitorais, enquanto a trégua no declínio do preço do minério de ferro favoreceu os papéis de Vale, em sessão marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações.

Além da estatal Petrobras, setores sensíveis ao panorama eleitoral também mostraram recuperação nesta segunda-feira, como o segmento financeiro e imobiliário, enquanto a depreciação do real frente ao dólar na última semana colocou empresas suscetíveis ao câmbio sob os holofotes.

O Ibovespa fechou na máxima da sessão, com alta de 1,79%, a 57.948 pontos. O volume financeiro da sessão alcançou R$ 9,6 bilhões, inflado pelo exercício de opções, que movimentou R$ 3,237 bilhões. Para o analista de renda variável da São Paulo Investments Fabio Lemos, o resultado da bolsa nesta sessão refletiu um ajuste frente à forte queda dos últimos dias, que encontrou suporte na recuperação dos preços do minério e na correção nas ações da Petrobras.

Após acumular alta ao redor de 10% na segunda metade de agosto, o Ibovespa perdeu cerca de 7% nas duas primeiras semanas de setembro, tendo recuado 6,2% apenas na semana passada. "Todos irão olhar com atenção as pesquisas desta semana. Se Marina Silva (PSB) estabilizar com uma leve vantagem, isso pode animar o mercado", avaliou o gestor da Effectus Investimentos Joaquim Kokudai.

O site do Tribunal Superior Eleitoral informa que o Ibope está em campo entre os dias 11 e 16, devendo divulgar nova pesquisa a partir de terça-feira, enquanto o Datafolha, com campo nos dias 17 e 18, pode divulgar levantamento a partir de quarta-feria. Há ainda pesquisa Vox Populi que deve sair nesta noite.

A Petrobras sustentou-se no azul por boa parte da sessão, com dados sobre produção em agosto, avaliados como positivos, também em foco. Para o Credit Suisse, quando o fundamento voltar a prevalecer, esse números de produção serão importantes.

As preferenciais da Vale avançaram 1,70%, encontrando suporte na maior alta diária dos preços à vista do minério de ferro desde março, após a cotação ter alcançado o menor valor desde setembro de 2009 na semana passada. A equipe do BTG Pactual ponderou em nota a clientes, contudo, ser difícil afirmar que a recuperação nos preços do minério é sustentável, "especialmente com mercado super ofertado e com fechamentos de capacidade mais lentos que o esperado".

A valorização recente do dólar frente ao real, com a moeda acumulando ganho superior a 4% na última semana, também respingou na Bovespa nesta sessão, beneficiando papéis como Braskem, enquanto minou o desempenho de Gol.

O Credit Suisse definiu Braskem, Iochpe-Maxion, Usiminas, BRF, Minerva, Smiles e Valid com recomendação "outperform" em estratégia de ações de companhias brasileiras beneficiadas pela depreciação cambial. A ação da Fibria, que tende a se beneficiar do real fraco, também repercutiu a notícia de que a empresa aumentou o preço da celulose blaqueada de eucalípto e fechou em alta de 0,77%.

Gerdau também apareceu no noticiário, com anúncio de acordo com a ArcelorMittal para vender suas participações na siderúrgica de aços planos laminados Gallatin Steel Company, nos Estados Unidos, para a Nucor Corporation por US$ 770 milhões.

As ações da Ambev exerceram uma das maiores influência positivas no Ibovespa. A sua controladora, a Anheuser-Busch InBev, está conversando com bancos sobre financiamento para uma possível oferta de aquisição da SABMiller por US$ 122 bilhões.

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