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Bovespa sobe por especulação eleitoral com derrota do Brasil

Alguns analistas do mercado financeiro avaliam que a derrota para a Alemanha pode aumentar a insatisfação do eleitor e prejudicar a presidente até outubro

10 jul 2014 - 18h20
(atualizado às 18h22)
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<p>As ações de empresas brasileiras negociadas em Nova York subiram na quarta-feira diante da especulações de que a derrota de 7x1 do Brasil reduz chances de reeleição de Dilma </p>
As ações de empresas brasileiras negociadas em Nova York subiram na quarta-feira diante da especulações de que a derrota de 7x1 do Brasil reduz chances de reeleição de Dilma
Foto: Nacho Doce / Reuters

A Bovespa teve nesta quinta-feira sua maior alta em um mês, apesar do clima negativo no mercado internacional, com ações de peso reagindo a especulações sobre o impacto que a derrota do Brasil para a Alemanha na Copa do Mundo pode trazer para a eleição presidencial de outubro. O Ibovespa subiu 1,79%, a 54.592 pontos, maior ganho percentual desde 9 de junho. O giro financeiro do pregão foi forte, de R$ 7,78 bilhões.

As ações de empresas brasileiras negociadas em Nova York (American Depositary Receipts) subiram na quarta-feira diante da especulações do mercado de que a derrota de 7x1 do Brasil para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo reduz chances de reeleição da presidente Dilma Rousseff. A Bovespa ficou fechada na véspera por conta de feriado estadual e corrigiu a defasagem em relação aos ADRs neste pregão.

Alguns analistas do mercado financeiro avaliam que a derrota para a Alemanha pode aumentar a insatisfação do eleitor e prejudicar a presidente até outubro. "A ideia é que uma possível vitória do Brasil seria uma arma a ser usada para promover o governo", escreveu a Elite Corretora em nota.

O mercado aguarda a divulgação de novas pesquisas eleitorais para avaliar o impacto da goleada nas intenções de voto da presidente Dilma e seus principais adversários. Cientistas políticos, no entanto, entendem que as vitórias ou derrotas esportivas têm efeito curto nas campanhas eleitorais, mesmo uma derrota histórica como a de terça-feira.

As ações preferenciais da Petrobras subiram 4,5% e os papéis do Itaú Unibanco ganharam 4,63%, apesar de normalmente as ações do maior banco privado do país reagirem às especulações eleitorais como papéis de estatais. "O movimento pode ser resultado do fluxo de investidores estrangeiros comprando ações brasileiras, pois o Itaú é o papel que mais tem peso individualmente no Ibovespa", disse o analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos.

A companhia aérea Gol teve a maior alta do Ibovespa, de 10,96%, pegando carona na melhora de recomendação pela corretora Raymond James e após o governo publicar regras para redistribuição de slots no aeroporto de Congonhas. Ações do setor elétrico, como Cemig, também subiram. Uma fonte afirmou à Reuters que o governo federal está negociando com bancos um aditivo ao empréstimo de R$ 11,2 bilhões para as distribuidoras de eletricidade.

A Bovespa avançou a despeito do dia negativo nos mercados internacionais, onde as ações norte-americanas e europeias registraram queda consistente. Na Europa, investidores reagiram a preocupações com a saúde do maior banco listado de Portugal, o Banco Espírito Santo, cujo principal acionista, Espírito Santo Financial Group, suspendeu os negócios com suas ações e bônus devido a "dificuldades materiais" de seu maior acionista Espírito Santo International (ESI).

A ação preferencial da operadora brasileira Oi reagiu com queda de 14,46% à notícia, uma vez que a Portugal Telecom, com quem está em processo de fusão, investiu 897 milhões de euros em notas promissórias emitidas pela RioForte, da ESI. Investidores temem que a fusão pendente seja ameaçada.

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