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BPC, políticos e militares polarizam Previdência

Segundo estudo da Dapp/FGV, esse três temas são os que mais provocam discussão nas mensagens postadas no Twitter

16 mar 2019 - 04h13
(atualizado às 10h06)
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Três temas têm se sobressaído nas discussões sobre a reforma da Previdência no Twitter: o BPC (benefício de prestação continuada, o auxílio a idosos mais pobres) e as aposentadoria de políticos e militares. A conclusão é de um estudo feito pela Diretoria de Análises de Políticas Públicas (Dapp) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o estudo, entre os dias 7 de março e 14 de março, foram identificados quase 137 mil mensagens no Twitter com o tema Previdência, sendo pouco mais de 116 mil com os três temas citados. De acordo com a Dapp, as discussões sobre a reforma previdenciária voltaram a ganhar relevância nas redes sociais após o carnaval - quando, como era de se esperar, perderam importância. E, em relatório, os analistas chamam a atenção para o fato de que a polarização em torno do tema segue muito forte, embora não haja uma presença impactante de robôs interagindo no debate: o estudo apontou uma presença inferior a 2% do total de "retuítes" (mensagens reenviadas).

Fachada do Congresso Nacional, em Brasília
Fachada do Congresso Nacional, em Brasília
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

De acordo com o estudo, até o fim do ano passado, quando o debate sobre a reforma previdenciária ainda se dava em torno do projeto apresentado pela equipe econômica do ex-presidente Michel Temer, as principais discussões eram associadas à "disparidade entre os privilégios e benefícios de categorias do serviço público, em especial o Poder Judiciário - criticado à esquerda e à direita".

A apresentação de um novo projeto mudou esse polo de discussões para o BPC e a previdência de políticos e militares. No caso do BPC, há mobilizações políticas da oposição para questionar as consequências da reforma a pobres e idosos, associando-a à ausência, até o momento, de um pronunciamento sobre a situação dos militares. Do outro lado, diz o estudo, perfis da base de apoio ao governo continuam ativos com o argumento de que a reforma é essencial para que o País não quebre.

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