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Brasil atinge recorde de 215,2 milhões de cabeças de gado

29 set 2016 - 10h47
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Pesquisa constatou que a população de gado cresceu mais no Norte (2,9%) e teve queda no Nordeste (-0,9%)
Pesquisa constatou que a população de gado cresceu mais no Norte (2,9%) e teve queda no Nordeste (-0,9%)
Foto: Agência Brasil

A população de cabeças de gado em fazendas brasileiras cresceu e atingiu o recorde de 215,2 milhões de animais em 2015, com um aumento de 1,3% sobre 2014. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa da Pecuária Municipal.

O crescimento de 2015 foi o maior desde 2011 e representa uma aceleração após a queda causada pela seca de 2012 e a variação próxima de zero registrada em 2013 e 2014.

Em uma análise regional, a população de gado cresceu mais no Norte (2,9%) e teve queda no Nordeste, com -0,9%.

O Centro-Oeste teve variação de 2,1% e continua a ser a região que concentra a maior criação, com 33,8% da participação nacional. O IBGE aponta que a região conta com "grandes propriedades destinadas à criação de bovinos e produtores especializados, possuindo clima, relevo e solo favoráveis à atividade, como também grandes plantas frigoríficas que têm impulsionado o abate em larga escala".

Mato Grosso é o estado com a maior criação de gado, com 13,6% do total nacional. Entre os cinco primeiros colocados, Goiás aparece em terceiro e Mato Grosso do Sul em quarto, com 10,2% e 9,9% do total.

Os dados fazem parte da Pesquisa da Pecuária Municipal de 2015. Ela constatou que, nos últimos anos, o Sul e o Sudeste do país têm registrado estagnação da bovinocultura de corte, enquanto a produção de bovinos tem se deslocado para o Norte. A atração é explicada em parte pelo instituto por meio dos baixos preços das terras, disponibilidade hídrica, clima favorável, incentivos governamentais e abertura de grandes plantas frigoríficas.

Queda na produção de leite

O aumento do efetivo total de bovinos não se refletiu no número de vacas ordenhadas, que caiu 5,5% em 2015. Todas as regiões acusaram queda dessa atividade, que teve a maior redução no Nordeste, com -9,5%.

O Sudeste responde por 34,3% do número de vacas ordenhadas, e Minas Gerais tem a atividade mais forte, com 24,9% do efetivo nacional.

A produção de leite teve queda em 2015, com 0,4% a menos que 2014, e caiu para 35 bilhões de litros. O Sul é o maior produtor de leite no Brasil desde 2014 e contribuiu com 35,2% da produção nacional em 2015.

A produtividade das vacas da região Sul é a maior do Brasil. Enquanto a média do país é que uma vaca produza 1.609 litros de leite por ano, no Sul a produtividade é de 2.900 litros. Em relação a 2014, houve um aumento de 3,9% desse resultado.

Apesar disso, Minas Gerais continua a ser o maior estado produtor de leite do país, com 26,1% da produção nacional.

Agência Brasil Agência Brasil
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