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Brasil crescerá menos que América Latina, diz Banco Mundial

Banco diz que País deveria ter feito reformas que impulsionassem o crescimento, a poupança e os investimentos

9 abr 2014 - 19h59
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O Brasil deverá crescer no máximo 2% este ano por não ter promovido reformas para impulsionar o crescimento, a poupança e os investimentos, afirmou o Banco Mundial em relatório divulgado nesta quarta-feira.

Funcionário verifica folhas de papel-moeda durante uma visita da mídia à Casa da Moeda, no Rio de Janeiro. O Banco Central manteve em 13 por cento a previsão de expansão do estoque total de crédito em 2014, de acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, nesta quarta-feira. 23/08/2012
Funcionário verifica folhas de papel-moeda durante uma visita da mídia à Casa da Moeda, no Rio de Janeiro. O Banco Central manteve em 13 por cento a previsão de expansão do estoque total de crédito em 2014, de acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, nesta quarta-feira. 23/08/2012
Foto: Sergio Moraes / Reuters

O desempenho do Brasil deverá ser pior do que o da América Latina e Caribe, que deve crescer 2,3% este ano, levemente abaixo dos 2,4% registrados em 2013.

O Banco Mundial atribuiu o pior desempenho da região ao menor crescimento da China, à volatilidade dos preços de matérias-primas e aos maiores custos de capital.

"No Brasil, as previsões de consenso mostram um crescimento de 2% ou menos em 2014, já que ainda não tomou forma a agenda de reformas necessárias para evitar um cenário de baixo crescimento, baixa poupança e baixo investimento", avaliou a instituição no relatório "Fluxos internacionais para América Latina: balançando o barco?".

Para o México, segunda maior economia da região depois do Brasil, o Banco Mundial estimou crescimento de cerca de 3% este ano. E ressaltou que as reformas dos setores de telecomunicações, energia e educação, entre outros, promovidas pelo governo mexicano melhoraram as perspectivas de crescimento do país nos próximos anos.

O Banco Mundial acredita que as economias emergentes vão enfrentar condições financeiras mais restritivas diante da mudança de foco dos investidores para economias avançadas, como os Estados Unidos. Mas disse que o impacto desse cenário é menos significativo neste momento em que a região concentra fluxos de recursos mais estáveis.

Mas isso não dissipa as preocupações com esse padrão de baixo crescimento.

"A pergunta é se a diminuição cíclica (do crescimento de 2013 e 2014) é um sintoma de desaceleração mais permanente no crescimento de longo prazo", afirmou o economista-chefe do banco para América Latina e Caribe, Augusto De la Torre, em nota. "Uma taxa de equilíbrio para o crescimento de cerca de 2,5% seria claramente insuficiente para manter o ritmo de progresso social a que a região se acostumou nos últimos dez anos", disse o banco.

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