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Brasil cria 184 mil vagas com carteira assinada em março

No mesmo mês do ano passado, logo no início da pandemia de covid-19, houve fechamento de 275.408 postos de trabalho

28 abr 2021 - 10h43
(atualizado às 10h48)
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O Brasil criou 184.140 empregos com carteira assinada em março deste ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira, 28, pelo Ministério da Economia. Em fevereiro, as contratações superaram as demissões em 395.166 vagas - número que foi revisado.

Trabalhador mostra carteira de trabalho ao procurar por oportunidades de emprego no centro de São Paulo
06/10/2020
REUTERS/Amanda Perobelli
Trabalhador mostra carteira de trabalho ao procurar por oportunidades de emprego no centro de São Paulo 06/10/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Em março do ano passado, em meio às medidas nacionais de restrição devido à primeira onda de covid-19, houve fechamento de 275.408 vagas com carteira assinada. Boa parte do mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês passado, e o resultado veio dentro do intervalo das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. As estimativas eram de fechamento de 300 mil vagas à abertura de 275 mil vagas em março.

O Caged trata apenas do mercado formal, com carteira. O mercado de trabalho brasileiro é formado, na sua maior parte, pelo trabalho informal - daí a diferença com os números do IBGE.

O número de geração de vagas formais também está sob o impacto do programa do governo que permitiu às empresas cortarem salários e jornadas e suspenderem os contratos. Como contrapartida, o governo dificultou as demissões pelo mesmo número de meses em que os trabalhadores foram atingidos com uma das duas possibilidades (a da redução na jornada e salário ou a da suspensão dos contratos).

De acordo com o ministério, 3,152 milhões de trabalhadores seguiam com garantia do emprego em março graças às adesões em 2020 ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). O programa foi relançado nesta terça-feira, 27, por meio de medida provisória, por mais quatro meses em 2021.

Desde janeiro do ano passado o uso do sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para as empresas, o que traz algumas diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores. Na metodologia anterior (de 1992 a 2019), o melhor resultado para março na série sem ajustes havia sido em 2011, quando foram criadas 280.799 mil vagas no terceiro mês do ano.

Estadão
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