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Brasil cria 195 mil empregos formais em março

No primeiro trimestre de 2023, saldo do Caged é positivo em 526.173 de postos

27 abr 2023 - 15h20
(atualizado às 19h47)
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BRASÍLIA E SÃO PAULO - Após a criação de 245.813 vagas em fevereiro, o mercado de trabalho formal registrou um saldo positivo de 195.171 carteiras assinadas em março, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira, 27, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

3,2 milhões de trabalhadores devem perder o emprego
3,2 milhões de trabalhadores devem perder o emprego
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil / Estadão

O resultado do mês passado decorreu de 2.168.418 de admissões e de 1.973.247 de demissões. Em março de 2022, houve abertura de 98.786 vagas com carteira assinada.

No décimo primeiro mês do ano, em 22 das 27 Unidades da Federação foram registrados resultados positivos no Caged. O melhor desempenho foi novamente registrado em São Paulo, com a abertura de 50.768 postos de trabalho. Já o pior resultado foi registrado em Pernambuco, com o fechamento de 5.266 postos de trabalho.

O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada chegou a R$ 1.960,72. Comparado ao mês anterior, houve redução real de R$ 30,06 no salário médio de admissão, uma queda de 1,51%.

Pequena surpresa

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta quinta que os resultados do Caged de março vieram com uma "pequena surpresa positiva".

Ele lembrou que, nas divulgações anteriores, havia manifestado suas expectativas de que a retomada das cerca de 14 mil obras que estavam paradas no Brasil fosse surtir efeitos.

"Mas não esperava que elas fossem surtir efeitos já em março. Temos obras de transporte de cargas e infraestruturas que estão influenciando o número de março", disse Marinho.

Segundo o ministro, a expectativa da sua pasta é a de que o ocorrido em março se estenda para o longo do ano porque o governo federal reiniciou quase todas as obras paradas e que tinham como serem retomadas muito rapidamente.

"Essas são as obras que acredito estarem impactando estes números (de empregos), mas tem as obras paradas que não foram retomadas. Seja na área da Saúde e da Educação. Só na Educação temos quase 4 mil obras paradas. Estas obras precisam de recursos, recomposição de contratos e por isso demoram um pouquinho. Mas elas devem dar sequência em abril, maio e junho e impactar o mercado de trabalho", disse.

Ele disse ainda que tem um pacote de obras que está para ocorrer a partir do segundo semestre, que está no orçamento da PEC da Transição, de R$ 75 bilhões de investimentos para este ano e que deve impactar bastante o mercado de trabalho.

Neste pacote de obras para o segundo semestre, de acordo com Marinho, está o Minha Casa, Minha Vida, saneamento básico, e outras áreas.

"Olhando para o ano que vem, temos também uma visão otimista sobre o que está começando a acontecer no País porque o Orçamento do ano que vem deve repetir mais R$ 75 bilhões, no mínimo, que estão previstos para este ano", disse.

Estadão
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