Brasil deve produzir mais açúcar com queda do petróleo, diz executivo da Raízen
O forte recuo nos preços do petróleo causado pela indicação de aumento na oferta da Arábia Saudita deve acelerar o processo de mudança no mix de produção das usinas brasileiras de cana, com incremento na fabricação de açúcar ao invés de etanol, disse nesta segunda-feira o executivo Ricardo Mussa, que assumirá a presidência da Raízen a partir de abril.
Com base em estimativas preliminares, Mussa afirmou esperar que o processamento de açúcar cresça entre 3 milhões e 6 milhões de toneladas no Brasil durante a safra 2020/21, que tem início em abril.
"(Na empresa) já havia a intenção de elevar a produção de açúcar neste ano e o recuo do petróleo acelera esse direcionamento (das usinas)", disse Mussa a jornalistas, após participar de evento com investidores em São Paulo promovido pela Cosan, que divide o controle da Raízen com a Shell.
O presidente da Cosan, Marcos Lutz, acrescentou que não haverá uma mudança estrutural na companhia no novo cenário de preços. Ele disse ainda que o grupo teve um importante ganho de eficiência devido à valorização do dólar, que aumenta a atratividade das exportações.