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Brasil deve produzir mais açúcar com queda do petróleo, diz executivo da Raízen

9 mar 2020 - 13h40
(atualizado às 13h49)
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O forte recuo nos preços do petróleo causado pela indicação de aumento na oferta da Arábia Saudita deve acelerar o processo de mudança no mix de produção das usinas brasileiras de cana, com incremento na fabricação de açúcar ao invés de etanol, disse nesta segunda-feira o executivo Ricardo Mussa, que assumirá a presidência da Raízen a partir de abril.

Usina para produção de açúcar em Sertãozinho (SP) 
08/09/2005
REUTERS/Paulo Whitaker
Usina para produção de açúcar em Sertãozinho (SP) 08/09/2005 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Com base em estimativas preliminares, Mussa afirmou esperar que o processamento de açúcar cresça entre 3 milhões e 6 milhões de toneladas no Brasil durante a safra 2020/21, que tem início em abril.

"(Na empresa) já havia a intenção de elevar a produção de açúcar neste ano e o recuo do petróleo acelera esse direcionamento (das usinas)", disse Mussa a jornalistas, após participar de evento com investidores em São Paulo promovido pela Cosan, que divide o controle da Raízen com a Shell.

O presidente da Cosan, Marcos Lutz, acrescentou que não haverá uma mudança estrutural na companhia no novo cenário de preços. Ele disse ainda que o grupo teve um importante ganho de eficiência devido à valorização do dólar, que aumenta a atratividade das exportações.

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