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Brasil deve ser autossuficiente em derivados de petróleo em 2020

Importações de combustíveis, necessárias para cobrir o atual déficit de produção, têm reduzido as margens de lucro da companhia nos últimos anos

26 fev 2014 - 13h07
(atualizado às 13h09)
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<p>A presidente da Petrobras, Maria das Gra&ccedil;as Foster, fala para o p&uacute;blico durante uma confer&ecirc;ncia em S&atilde;o Paulo</p>
A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, fala para o público durante uma conferência em São Paulo
Foto: Nacho Doce / Reuters

O Brasil deverá atingir a autossuficiência na produção de derivados de petróleo em 2020, estimou nesta quarta-feira a presidente da Petrobras. As importações de combustíveis, necessárias para cobrir o atual déficit de produção, a preços mais altos que os de venda no mercado interno, têm reduzido as margens de lucro da companhia nos últimos anos.

"O mercado de derivados no Brasil foi o que mais cresceu no mundo", disse a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, em conferência com investidores, comentando a força do consumo no País. O Brasil deverá processar aproximadamente 3 milhões de barris por dia em 2020, contra cerca de 2 milhões de barris em 2013, segundo gráfico apresentado pela empresa em seu Plano Estratégico 2030.

Até o final de 2016, a Petrobras pretende aumentar em 195 mil barris por dia a capacidade de produção de diesel, querosene e gasolina em seu parque de refino, por meio de um programa de aumento da capacidade e eficiência das unidades. No período, a empresa também deverá colocar em operação a refinaria Rnest, em Pernambuco, e parte do Comperj, no Rio de Janeiro.

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 6,281 bilhões no quarto trimestre de 2013, resultado que ficou acima das estimativas do mercado, beneficiado pelo aumento dos preços dos combustíveis no Brasil. Mas apesar dos reajustes dos combustíveis, a empresa continuou apresentando prejuízo na divisão de Abastecimento, uma vez que segue vendendo combustíveis no mercado interno a preços menores do que os de compra no exterior.

No quatro trimestre, as perdas líquidas da divisão foram de R$ 5,46 bilhões, ante R$ 5,65 bilhões no mesmo período do ano anterior. O prejuízo em Abastecimento em 2013 caiu para R$ 17,76 bilhões, contra R$ 22,9 bilhões em 2012.

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