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Brasil e Chile assinam acordo comercial para impulsionar investimentos e reforçar integração regional

21 nov 2018 - 15h45
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Brasil e Chile assinaram nesta quarta-feira um acordo de livre comércio voltado para dar um maior impulso aos investimentos e à troca de produtos entre os dois países, além de servir como aproximação entre os blocos Mercosul e Aliança do Pacífico.

Temer cumprimenta Piñera em Santiago
 21/11/2018   REUTERS/Ivan Alvarado
Temer cumprimenta Piñera em Santiago 21/11/2018 REUTERS/Ivan Alvarado
Foto: Reuters

O presidente Michel Temer viajou a Santiago para firmar ao lado do presidente chileno, Sebastián Piñera, o documento que inclui 17 pontos não tarifados, como comércio de serviços, eletrônicos e medidas sanitárias y fitossanitárias, entre outros.

Os dois governantes afirmaram que o acordo reforçará a integração regional, uma vez que o Chile é um dos membros da Aliança do Pacífico --bloco formado também por México, Colômbia e Peru-- e o Brasil lidera junto com a Argentina o Mercosul.

"Quero ressaltar o agradecimento de termos feito uma aliança entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico, resultado de diálogo", disse Temer em discurso ao lado de Piñera. "Em menos de seis meses, fomos capazes de formatar e formalizar esse acordo. Isso é fruto de uma convergência natural que existe entre os nossos governos".

Entre janeiro e setembro deste ano, o intercâmbio comercial entre Brasil e Chile foi de 7,2 bilhões de dólares, uma alta anual de 13 por cento.

O Brasil é o maior sócio comercial do Chile na América Latina e o maior destino do investimento direto chileno no exterior, com um saldo acumulado de 35,2 bilhões de dólares (1990-2017), o que equivale a 29,5 por cento do total dos investimentos diretos chilenos no mundo.

O acordo de livre comércio será um complemento ao Acordo de Complementação Econômica 35, que regula o comércio entre o Chile e os países do Mercosul em temas tarifários e que atualmente tem tarifa zero para toda a lista de produtos.

Essa é a primeira vez que o Brasil assume, em um acordo bilateral, compromissos em termos de comércio eletrônico, boas práticas regulatórias, transparência e anticorrupção, entre outros.

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