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Brasil não cumprirá meta de superávit primário, diz FMI

Fundo estima que a economia de gastos públicos para o pagamento dos juros da dívida neste ano seja de 1,3% do PIB, abaixo da meta do governo, de 1,9%

8 out 2014 - 21h35
(atualizado em 9/10/2014 às 06h55)
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Para Fundo Monetário Internacional (FMI), não cumprimento da meta de superávit primário em 2014 se deve "ao ritmo de atividade econômica no ano menor do que o esperado"
Para Fundo Monetário Internacional (FMI), não cumprimento da meta de superávit primário em 2014 se deve "ao ritmo de atividade econômica no ano menor do que o esperado"
Foto: Getty Images

Diante da desaceleração da economia neste ano, o Brasil não vai conseguir cumprir a meta de superávit primário (a economia dos gastos públicos para o pagamento dos juros da dívida), diz um relatório publicado na quarta-feira pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).

Segundo o relatório "Monitor Fiscal", o superávit primário em 2014 será de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB), abaixo da meta de 1,9% estabelecida pelo governo.

O FMI diz que o resultado se deve "ao ritmo de atividade econômica no ano menor do que o esperado".

Na terça-feira, em outro relatório, o FMI rebaixou sua projeção de crescimento para a economia brasileira neste ano de 1,3% para 0,3%.

Apesar de o governo manter a meta de superávit primário em 1,9% neste ano, os analistas de mercado brasileiro já vem apostando em resultado menor.

Segundo o mais recente Boletim Focus, divulgado na segunda-feira pelo Banco Central, a previsão é de que o indicador feche em 1%.

Para 2015, o FMI prevê que a economia brasileira deverá ter desempenho um pouco melhor, com avanço de 1,4%, e o superávit primário será de 2%.

Em 2016, a projeção é de superávit primário de 2,5%.

O relatório, divulgado durante a reunião anual do FMI e do Banco Mundial, em Washington, reúne projeções sobre as contas públicas de diversos países.

O FMI projeta que a o déficit nominal brasileiro fique em 3,9% do PIB neste ano e recue para 3,1% em 2015.

Para a dívida pública a projeção é de 65,8% do PIB neste ano, abaixo da previsão anterior, de abril, que era de 66,7%. No ano que vem, deve ficar em 65,6%.

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