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Brasil não se abalará com julgamentos apressados, diz Dilma

29 mar 2014 - 20h59
(atualizado às 21h01)
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Apesar do rebaixamento da nota do Brasil pela agência Standard & Poor's, o País tem compromisso com o controle da inflação e a diminuição da dívida pública, disse neste sábado a presidente Dilma Rousseff. Em evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na Bahia, ela ressaltou que a economia do País continua com bons fundamentos, mas tem o desafio de melhorar os serviços públicos e aumentar a produtividade

Sem se referir diretamente à decisão da agência de classificação de risco, Dilma declarou que os números mostram que a economia brasileira continua sólida. "Não nos abalaremos com julgamentos apressados, com conclusões precipitadas que a realidade desmentirá. Todos sabemos que, em economia, a realidade sempre se impõe", disse.

A presidente lembrou que, nos últimos 10 anos, a inflação tem ficado dentro da meta. Segundo ela, a dívida líquida do setor público, atualmente em 33,7% do Produto Interno Bruto (PIB), encerrará o ano em queda, e o País tem reservas de quase US$ 380 bilhões, que fornecem lastro para lidar com qualquer volatilidade internacional.

Dilma destacou ainda que o País acumula investimentos estrangeiros diretos de US$ 65 bilhões nos últimos 12 meses e que o programa de concessões de rodovias, aeroportos e portos e os leilões de energia elétrica, petróleo e gás trarão investimentos de US$ 80 bilhões para o Brasil nos próximos cinco anos.

"Em alguns momentos, expectativas, especulações, avaliações e até mesmo interesses políticos podem obscurecer a visão objetiva dos fatos. Para nós, o que importa é que continuaremos a agir para manter o pais no rumo certo, sem abdicar em nenhum momento do nosso compromisso fundamental com a solidez da economia e com a inclusão e o desenvolvimento social e ambiental do País", acrescentou.

Apesar de reiterar a confiança na economia, a presidente admitiu que o País tem novos desafios a enfrentar após o aumento da renda na última década. Segundo ela, o principal desafio consiste em aumentar a produtividade e melhorar a infraestrutura, a educação e a eficiência dos serviços públicos. "Temos o desafio de acolher e atender às reivindicações que surgiram na população. Criamos um imenso contingente de cidadãos com melhores condições de vida e mais conscientes dos direitos", declarou.

A presidente comentou os desafios da economia brasileira na cerimônia de abertura da 55ª Reunião da Assembleia dos Governadores do BID, na Costa do Sauípe, na Bahia. No encontro, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, assumiu a presidência da Assembleia de Governadores da instituição. Para Dilma, o apoio do banco de fomento é importante para financiar investimentos sociais, projetos de infraestrutura e de integração regional num momento de recuperação da economia internacional.

O presidente do BID, Luis Alberto Moreno, disse que tanto o Brasil como a América Latina têm o desafio de conciliar crescimento com desenvolvimento social em meio a uma população cada vez mais exigente em relação aos serviços públicos e à educação. Segundo ele, com menos recursos fluindo das economias avançadas para os países em desenvolvimento, a América Latina e o Caribe podem crescer 3,5% ao ano, mas essa taxa, declarou, é insuficiente para que a região se aproveite das mudanças tecnológicas globais.

"A discussão hoje não é se chegaremos a esse destino (desenvolvimento social), mas como chegaremos num contexto global mais resistente. Os países desenvolvidos estão se recuperando, mas os ventos internacionais agora estão menos favoráveis", disse ele.

Agência Brasil Agência Brasil
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