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Brasil: operação reprime sites de pirataria musical que espalham "malware"

3 set 2024 - 13h20
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Brasil: operação reprime sites de pirataria musical que espalham "malware"
Brasil: operação reprime sites de pirataria musical que espalham "malware"
Foto: The Music Journal

Autoridades brasileiras lançaram uma nova iniciativa chamada de Operação Redirecionamento que visa combater serviços ilegais de música online que distribuem "malware" a fim de prejudicar a experiência dos usuários.

Liderado pelo Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (CIBERLAB), o esforço colaborativo contra essas práticas ilegais tem o apoio da IFPI - Federação Internacional da Indústria Fonográfica - organização que representa a indústria musical gravada em todo o mundo, e pela Pró-Musica, associação que representa os direitos desta indústria no país.

Em sua primeira fase, a Operação Redirecionamento identificou e desativou com sucesso oito sites, em uma parceria com a Polícia Civil de estados como Bahia, Mato Grosso e Pernambuco, conforme informou a IFPI em 27 de agosto.

De acordo com o MBW, esses sites que foram desativados compartilhavam músicas não autorizadas ao mesmo tempo que expuseram usuários a malwares e vírus, com link ilegais, serviços de extração de streaming e mecanismos de busca através de torrents.

Ao todo, esses sites receberam mais de 12 milhões de visitas no país no ano de 2023.

De acordo com a IFPI, a Operação Redirecionamento faz parte de um esforço contínuo no Brasil para proteger os direitos dos artistas, compositores e produtores musicais, ao mesmo tempo que garante que os fãs de música possam acessar conteúdo online de forma legal e segura.

"Encontrar e impedir esses serviços online ilegais é vital para proteger as carreiras dos artistas brasileiros e para a segurança online dos fãs de música brasileiros", disse Victoria Oakley, executiva da IFPI.

Brasil: esforço contra pirataria contou com importantes instituições do mercado

Em 2021, um esforço realizado pela IFPI, Pró-Música e a APDIF - Associação Brasileira de Proteção aos Direitos Intelectuais Fonográficos - resultou no fechamento de 10 serviços de manipulação de streaming musical e na suspensão pela mesma prática em outros 20 sites.

"A Operação Redirect é um passo importante em nosso trabalho para proteger a música no Brasil de ser compartilhada ilegalmente online. Isso não seria possível sem a cooperação do Ministério da Justiça e Segurança Pública e das autoridades brasileiras", concluiu Victoria Oakley.

Pesquisa aponta que o país está acima da média mundial de consumo de música

IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), que representa a indústria da música gravada em todo o mundo, lançou o relatório Engaging with Music 2023, estudo global que examina como as pessoas em todo o mundo se envolvem, acessam e se sentem em relação à música. O relatório é acompanhado por um recorte do mercado brasileiro, divulgado pela Pro-Música, entidade que reúne as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil.

O levantamento revela que o tempo médio de consumo de música no mundo atingiu um novo recorde: 20,7 horas por semana. Os brasileiros superam a média mundial, com 24,9 horas semanais ouvindo música.

Com base nas respostas de mais de 43 mil pessoas em 26 países, o relatório é a maior pesquisa global com este tipo de enfoque.

Confira as principais conclusões do relatório de 2023 no Brasil e no mundo:

Estamos ouvindo mais música do que nunca

No mundo: 20,7 horas - o tempo, em média, que as pessoas passam ouvindo música por semana (acima das 20,1 horas em 2022). O crescimento do tempo semanal de audição em 2023, significou treze músicas adicionais de três minutos por semana neste ano, em média. No Brasil são 24,9 horas semanais ouvindo música, em média.

Estamos interagindo com a música através de mais métodos

No mundo: 79% das pessoas são de opinião que existem mais formas de ouvir música do que nunca (contra 76% em 2022). Em média, as pessoas usam mais de sete métodos diferentes para interagir com a música. No Brasil 82% do público acha que existem mais formas de ouvir música agora do que nunca. Em média, os brasileiros usam 9 métodos diferentes para consumir música.

Existe um grande conhecimento da Inteligência Artificial entre os fãs de música, mas quase todos pensam que a criatividade humana deve ser respeitada. No mundo, 79% concordam que a criatividade humana é essencial para a criação musical. No Brasil, 85% concordam. No mundo: 74% das pessoas que conhecem as capacidades musicais da IA concordam que a IA não deve ser utilizada para clonar ou personificar artistas musicais sem autorização.

No Brasil, 70% dos consumidores de música acham que a IA não deve ser utilizada para clonar ou personificar artistas musicais sem autorização.

Variedade de gêneros

No mundo: os fãs ouvem em média mais de 8 gêneros musicais diferentes. No Brasil: são mais de 10 gêneros musicais diferentes ouvidos, em média

A música é extremamente importante para a nossa saúde mental e bem-estar

No mundo: 71% dizem que a música é importante para a saúde mental. No Brasil: 83% das pessoas afirmam o mesmo.

A música não licenciada ainda é um problema significativo

No mundo, 29% usam meios não licenciados ou ilegais para ouvir ou obter música. No Brasil, 47% é o índice de consumidores de música através de métodos ilegais ou não licenciados.

"A música é extremamente importante para a vida das pessoas. Engaging with Music mostra como os fãs estão aproveitando as oportunidades para ouvir mais música e de mais maneiras do que nunca", observa Frances Moore, Diretora Executiva da IFPI. "No entanto, o uso de música não licenciada continua a ser um problema significativo para a comunidade musical, especialmente à medida que as tecnologias continuam a evoluir. Precisamos continuar a fazer tudo ao nosso alcance para apoiar e proteger o valor da música."

Segundo Paulo Rosa, Presidente da Pró-Música Brasil, "o relatório Engaging with Music é uma importante ferramenta para se entender como o consumo de música gravada vem se transformando nos últimos anos, firmando-se cada vez mais a percepção de uma multiplicidade de modelos e formatos de acesso ao conteúdo musical, o que beneficia a todos os participantes da cadeia produtiva do setor, e sobretudo, ao público consumidor final e fãs de música de uma forma geral".

E continua: "Os dados específicos da pesquisa relativos ao mercado brasileiro revelam vários aspectos positivos, como por exemplo o fato das informações nacionais estarem em geral bastante próximas às médias globais, o que demonstra que o setor de música gravada no Brasil está em linha com o que se pratica nos principais mercados musicais do mundo. No caso de utilização de meios 'piratas' para acesso à música, entretanto, estamos acima da média mundial (29% global X 47% Brasil) o que reforça a necessidade de trabalho contínuo do setor e atenção dos legisladores e governos, para a proteção tanto dos criadores e artistas, como do mercado musical legítimo de música gravada e a continuidade de seu desenvolvimento".

The Music Journal The Music Journal Brazil
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