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Brasil possui terceira maior inflação do mundo, segundo ranking

O levantamento foi feito entre países que ocupam a posição de principais economias do mundo. Saiba agora quais são os países com maior inflação!

13 abr 2022 - 21h07
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Em 2021, o Brasil acumulou inflação de 10,06% segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
Em 2021, o Brasil acumulou inflação de 10,06% segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
Foto: Shutterstock / Finanças e Empreendedorismo

No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um balanço sobre a inflação durante o ano de 2021. Apesar do indicador estar em processo  de desaceleração desde setembro, não foi suficiente para que o país atingisse a marca de dois dígitos inflacionários: 10,06%. Esse foi o maior aumento desde 2015, quando o Brasil atingiu 10,67% no acumulado. Além disso, a inflação de 2021 quase dobrou o teto da meta de inflação, que era de 5,25%. 

Essa marca coloca o Brasil como o terceiro país com a maior inflação do mundo, ficando atrás apenas da Argentina e da Turquia. O levantamento foi realizado pela economista-chefe Andrea Damico, da Armor Capital, com os dados da plataforma CEIC Data.

O levantamento ressalta que há países que não divulgaram seus dados de dezembro e o índice acumulado para o ano de 2021. Nestes casos, foi considerada a inflação acumulada em 12 meses (de dezembro de 2020 a novembro de 2021). A Argentina, por exemplo, líder do ranking, acumulava 51,2% de inflação até novembro.

Já a Turquia, país que ocupa a segunda posição no ranking de maior inflação, registrou um aumento recorde em 20 anos. Em meio à intervenção e pressão para reduzir os juros, o índice ficou em 36,08% no acumulado de janeiro a dezembro de 2021.

Outros países que também são destaque entre a economia do mundo também tiveram seus dados divulgados. A China acumulou 1,50% de inflação no ano passado. Já os Estados Unidos, que também vem encarando um período de inflação em sua economia, registrou 7%, a maior alta de preços desde junho de 1982. 

Responsável pelo levantamento, Andrea Damico reconhece o caráter global da alta de preços, com o aumento de commodities (produtos básicos como alimentos, petróleo e minério) e o choque de custos no atacado, em parte explicado pelos problemas na cadeia de suprimentos, espalhando-se para o varejo. Mas argumenta que os sinais de problema vieram antes no Brasil. 

Isso porque, enquanto os preços no atacado começaram a subir no mundo em 2021, no Brasil, esse salto já era claro no segundo semestre de 2020, turbinado pela alta atípica de dólar e commodities.

Reflexos no dia a dia

A inflação também trouxe reflexos para a rotina dos brasileiros. Aliada aos problemas climáticos e de oferta no país, vários alimentos como o ovo, frango, carne bovina, café, açúcar e o tomate passaram o ano de 2021 com o preço nas alturas. 

Outros alimentos que vinham registrando uma alta em seus preços no ano de 2020 desaceleraram: foi o caso do arroz, do feijão e do óleo de soja

O café, por exemplo, que foi um dos grandes vilões do ano de 2021, registrou um aumento de mais de 50% em seu preço, segundo o IBGE. O choque climático prejudicou várias colheitas de café num período de baixa. A tendência é que em 2022, o preço continue salgado, já que o plantio de café não se recupera de forma rápida.

Com informações de O Estado de São Paulo.

Finanças e Empreendedorismo
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