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Colheita de arroz no RS tem valorização de 13%

9 mai 2013 - 09h59
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<p>Zona Sul, Litoral e Centro foram as regiões gaúchas que produziram arroz com maior qualidade</p>
Zona Sul, Litoral e Centro foram as regiões gaúchas que produziram arroz com maior qualidade
Foto: Rodrigo Schoenfeld / Irga

A colheita de arroz da safra 2012/2013 está chegando ao fim no Rio Grande do Sul, de acordo com o Instituto Riograndense do Arroz (Irga). Em alguns municípios que são considerados grandes produtores, como Torres, Alegrete, Palmares do Sul e Rio Grande, a colheita já se encerrou. O estado é responsável por mais de 60% da produção total do País.

O Irga revelou que, até a primeira semana de maio, o RS já havia colhido 7,66 milhões de toneladas – cifras similares às do ano passado. A produtividade ficou em 7,4 toneladas por hectare nos 1,08 milhão de hectares semeados.

A diferença para este ano reside nos preços, mais animadores para os rizicultores. O grão está sendo vendido a um valor 13% maior do que em 2012, quando a produtividade era de 7,5 toneladas por hectare. Na última sexta-feira, as cotações indicavam a saca de 50kg entre R$ 31,00 (Bagé, Encruzilhada do Sul e Rio Grande) e R$ 32,50 (Pelotas).

Mas, segundo o presidente do Irga, Cláudio Pereira, os produtores devem conter a ansiedade. Ele recomenda que as sacas sejam vendidas espaçadamente ao longo do ano, e não imediatamente. “(Recomendamos) Dividir a produção para vender em três, quatro ou até cinco meses. Exatamente para não causar muitas oscilações de oferta e procura. É preciso bastante cautela. Por conta das metas de inflação, o governo não vai permitir a disparada de preços. Há também o risco da importação de arroz do Mercosul”, alerta Pereira em entrevista ao Terra.

De acordo com relatório do Irga, todas as regiões gaúchas já colheram mais de 95% da área plantada de arroz. Segundo Pereira, as áreas que se destacaram em qualidade foram o Litoral, a região Sul e a região Central do Rio Grande do Sul. As demais regiões sofreram com o clima desfavorável.

A boa safra traz uma perspectiva diferente para os rizicultores gaúchos, depois da quebra do ano passado e de anos anteriores. Conforme o presidente do Irga, programas dos governos estadual e federal que auxiliarão os produtores na armazenagem estão entre os fatores que favorecem ambiente de maior estabilidade para o setor.

“Agora já temos produtores capitalizados. O chamado PAC da Armazenagem, que em breve será implementado pelo governo federal, deve ajudar muito a vida do produtor na propriedade”, avalia Pereira.

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