Com alta de preços, renda bruta do produtor atinge recorde
A renda bruta do produtor rural está maior em 2013, conforme dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Estimativa do Valor Bruto da Produção (VBP) sobre as principais lavouras do Brasil soma R$ 271 bilhões neste ano - uma elevação de 10,2% na comparação com 2012. Segundo a Assessoria de Gestão Estratégica do Mapa, o índice é o maior desde o início da série, em 1989, e vem acumulando altas desde 2009.
Os produtos que mais contribuíram para esse aumento foram: tomate (76,2%), batata-inglesa (29,3%), laranja (28,8%), trigo (18,9%), soja (18,3%), fumo (15,6%), feijão (14,5%) e milho (11,9%). Com elevações um pouco abaixo destas, ficaram o arroz, a banana, a cana-de-açúcar e a mandioca.
Para o coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques, esse aumento estimado se deve ao bom desempenho da maior parte das culturas analisadas. “Os resultados decorrem da combinação de melhores preços dos produtos agrícolas ao produtor e das produções elevadas que vêm sendo obtidas neste ano”, avalia.
A maior parte do VBP, 73% do valor bruto gerado em 2013, está no grupo de produtos que inclui café, cana-de-açúcar, laranja, milho e soja. Regionalmente, destaque para os desempenhos da banana, mandioca e feijão no Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte e Sergipe, para milho e soja no Sul e Centro-Oeste, para a cana de açúcar e laranja em São Paulo e para o café, cana, milho e soja em Minas Gerais.
O índice teve ligeira queda no Norte (0,6%), mas registrou avanços nas demais áreas do País, com altas de 28% no Sul, 13,8% no Sudeste, 13,4% no Nordeste e 4,2% no Centro-Oeste.
Indicador
O VBP representa uma estimativa da geração de renda do meio rural. Para Gasques, é um indicador muito adequado para o acompanhamento do desempenho da agricultura, e sua magnitude indica o potencial de crescimento e de investimento do setor, pois reflete o faturamento de uma ou de um conjunto de atividades. O levantamento do Mapa, porém, não analisa os custos de insumos fixos e variáveis da produção, o que não permite que seja determinado o lucro real do produtor.