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Mercado de fertilizantes ainda depende de importações

11 jun 2013 - 07h03
(atualizado às 07h03)
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Venda de fertilizantes deve atingir o pico no segundo semestre do ano
Venda de fertilizantes deve atingir o pico no segundo semestre do ano
Foto: Shutterstock

Os primeiros quatro meses de 2013 registraram um aumento de 4,7% na entrega de fertilizantes ao consumidor final, informou a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). No período, foram entregues 7,189 milhões de toneladas. Considerando apenas os números relativos a abril, o crescimento foi ainda maior: 14,2%. A entidade contabilizou também uma evolução de 5,1% na entrega de nutrientes (NPK) no quadrimestre.

Na avaliação da Anda, os números do período foram influenciados pela demanda para o plantio de inverno da safra 2012/13, além da antecipação de compras para a semeadura da próxima safra de grãos de verão, com início em setembro.

Considerando os volumes de entrega, Mato Grosso ficou à frente dos demais estados brasileiros no primeiro quadrimestre de 2013, seguido por São Paulo, Paraná e Minas Gerais. A produção nacional teve ligeira queda, de 2,987 milhões para 2,985 milhões de toneladas. Houve redução na produção de fertilizantes nitrogenados e potássicos e aumento nos fosfatados.

Conforme o estudo Sazonalidade do Setor de Fertilizantes Brasileiro, realizado pela Anda, a venda de fertilizantes atinge o pico no segundo semestre do ano, mais especialmente no mês de outubro. A demanda crescente tem início justamente no mês de abril, evoluindo de forma gradativa até chegar ao pico, para depois enfrentar redução significativa no mês de dezembro.

O consumo de fertilizantes no país concentra-se em algumas culturas, especialmente na soja e no milho, que reúnem mais da metade da demanda nacional. São justamente a necessidades naturais destas duas culturas que interferem na sazonalidade das vendas nacionais de fertilizantes.

Importações

As importações de fertilizantes intermediários acumulam alta de 28,9% no ano, com 54.4% em abril, na comparação com 2012, conforme estatísticas da Anda. Os percentuais atestam a dependência brasileira no setor.

O Plano Nacional de Fertilizantes, elaborado em parceria entre o Ministério da Agricultura e a rede nacional de pesquisas de fertilizantes (Rede FertBrasil), pretende reduzir até 2016 a dependência das importações de fósforo de 49% para 12% e de nitrogênio de 78% para 33%. Por falta de jazidas viáveis, a dependência da importação de potássio seguirá acima de 80%.

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