Plataforma da Embrapa identifica tendências da agropecuária
Energia, água, alimento, ambiente e pobreza. Esses são os cinco problemas que possuem maior relevância no plano de ações do Sistema Agropensa, uma plataforma de conhecimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A fim de avançar nesses temas, o projeto, lançado no aniversário de 40 anos da instituição, em abril, promete difundir tecnologias e identificar tendências do setor agropecuário no Brasil.
A iniciativa funciona por meio de uma aliança com 18 instituições estaduais que fazem parte do Conselho Nacional dos Sistemas Estaduais de Pesquisa Agropecuária e apoio dos ministério da Agricultura e Ciência e Tecnologia, com um investimento inicial de R$ 60 milhões. O Agropensa é gerido e executado pela unidade de Estudos e Capacitação da Embrapa.
O Agropensa desenvolve estratégias baseadas no que a Embrapa considera os maiores problemas dos próximos 50 anos. Uma das fragilidades apontadas nesse contexto é a possível perda de produtividade agrícola no Brasil até 2080, de 0 a 15% em média e de 15% a 50% em algumas regiões amazônicas, devido à fertilização de carbono.
Essa projeção futura serve para que a plataforma possa ajudar a capacitar o Brasil a resolver questões do setor agropecuário que se tornarão ainda mais importantes nos próximos anos. Com a antecipação devida, pode-se delinear soluções em conjunto com os diversos players da área.
“Com a agricultura baseada em ciência, passamos a priorizar a incorporação de tecnologia, os ganhos de produtividade e a sustentabilidade do modelo agrícola”, afirma o presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes.
A entidade completou 40 anos de fundação no dia 26 de abril. Lopes, na ocasião, lembrou que o Brasil multiplicou praticamente por seis vezes a sua safra, que em 1973 contabilizava 30 milhões de toneladas de grãos. Na safra 2013/2014, o país deve colher 184,1 milhões de toneladas de grãos, segundo projeção da Companhia Nacional de Abastecimento.