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Taxa de desemprego cai para 13% no primeiro recuo desde 2014

28 jul 2017 - 09h06
(atualizado às 10h31)
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Foto: Fotos Públicas

O mercado de trabalho no Brasil melhorou no segundo trimestre, com a taxa de desemprego recuando a 13%, mas o movimento veio com o reforço do emprego informal, indicação de que a atividade econômica ainda mostra dificuldade para engrenar uma recuperação mais consistente.

Nos três meses encerrados em maio, a taxa de desemprego estava em 13,3%, enquanto que no primeiro trimestre do ano, ela havia ficado em 13,7%, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) via Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

O resultado de junho veio melhor do que os analistas consultados pela Reuters, com expectativa de desemprego em 13,3%.

"O mercado cresceu pela informalidade", disse o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo. "O que se tem é uma tendência revertida na margem, mas na comparação com o ano passado, o mercado ainda apresenta forte desgaste provocado pela crise econômica e pela crise política", acrescentou ele.

No segundo trimestre de 2016, a taxa de desemprego estava em 11,3%. Agora, o Brasil tem quase 13,5 milhões de desempregados.

A melhora ocorreu mesmo em um ambiente de elevada incerteza política no Brasil, que tem afetado a confiança dos agentes econômicos. O presidente Michel Temer foi denunciado por crime de corrupção passiva após delações de executivos do grupo J&F.

No segundo trimestre, ainda segundo a Pnad Contínua, a quantidade de trabalhadores empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada subiu 4,3% ante os três primeiros meses do ano. Já o trabalho por conta própria avançou 1,8%.

Os dados da Pnad Contínua mostraram que a população ocupada cresceu 1,4% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre do ano, chegando a 90,2 milhões de pessoas. Já a população desocupada recuou 4,9%, para 13,5 milhões de pessoa.

O rendimento do trabalhador chegou a R$ 2.104 no segundo trimestre, abaixo dos R$ 2.125 no trimestre encerrado em março e R$ 2.043 no mesmo trimestre do ano anterior.

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