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Taxa de desemprego do Brasil tem mínima de 10 anos para trimestres até maio; renda sobe

28 jun 2024 - 09h03
(atualizado às 10h09)
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A taxa de desemprego no Brasil caiu mais do que o esperado no trimestre até maio, chegando ao patamar mais baixo para o período em 10 anos, com o menor número de pessoas que buscavam uma ocupação desde 2015 e novo aumento da renda.

Funcionário em supermercado do Rio de Janeiro
06/06/2016. REUTERS/Nacho Doc
Funcionário em supermercado do Rio de Janeiro 06/06/2016. REUTERS/Nacho Doc
Foto: Reuters

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta-feira que a taxa de desemprego atingiu 7,1% nos três meses encerrados em maio, de 7,8% no trimestre imediatamente anterior, até fevereiro.

O resultado ainda mostrou forte queda em relação ao mesmo período do ano passado, quando a taxa foi de 8,3%, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), e ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 7,3%.

"Temos uma melhora que vem se consolidando mês a mês no mercado de trabalho, que tem a ver com o ambiente econômico. Há no país uma clara demanda maior por mão de obra que está relacionada à atividade econômica", disse a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.

A taxa de desemprego vem se mantendo em patamar historicamente baixo e analistas avaliam que ela deve se acomodar em torno desses níveis, com um mercado de trabalho aquecido.

Entretanto, isso levanta sinais de alerta para a inflação e a busca da meta pelo Banco Central, que interrompeu o ciclo de afrouxamento monetário com a taxa básica Selic em 10,5%.

Nos três meses até maio, o número de desempregados caiu 8,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior e 13,0% sobre o mesmo período de 2023. Isso levou o contingente de pessoas em busca de emprego a 7,783 milhões, o mais baixo desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

Já o total de ocupados aumentou 1,1% ante o trimestre encerrado em fevereiro e 3,0% sobre o ano anterior, com 101,331 milhões de trabalhadores, novo recorde da série histórica iniciada em 2012.

Também marcaram recordes da série histórica os totais de trabalhadores com carteira no setor privado -- 38,326 milhões -- e sem carteira assinada -- 13,674 milhões.

"O crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão dos empregados, tanto no segmento formal como informal. Isso mostra que diversas atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de seus contingentes", disse Beringuy.

No período, a renda média real voltou a subir, chegando a 3.181 reais, aumento de 1,0% sobre o trimestre imediatamente anterior e de 5,6% ante os três meses até maio de 2023.

"Esse cenário (de aumento da renda), em conjunto com o desemprego baixo, tem contribuído para uma massa de rendimentos que segue batendo recordes. Pensando agora nas suas implicações para o cenário de médio prazo, a dinâmica inflacionária traz alguma preocupação, sobretudo com a nova regra do salário mínimo", alerta Igor Cadilhac, economista do PicPay.

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