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Brasil tem desemprego de 7,8% no tri até fevereiro, diz IBGE

Dado representa um crescimento de 0,3 ponto percentual frente ao trimestre encerrado em novembro de 2023

28 mar 2024 - 09h03
(atualizado às 09h18)
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Carteira de trabalho
Carteira de trabalho
Foto: Agência Brasil / Estadão

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,8% nos três meses até fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 28.

O dado representa um crescimento de 0,3 ponto percentual no trimestre encerrado em fevereiro de 2024 frente ao trimestre encerrado em novembro de 2023, e um recuo de 0,7 ponto percentual ante o trimestre encerrado em fevereiro de 2023 (8,6%).

Mais dados

A população desocupada (8,5 milhões) cresceu 4,1% (mais 332 mil pessoas) no trimestre e recuou 7,5% (menos 689 mil pessoas) no ano.

A população ocupada (100,250 milhões) não teve variação significativa no trimestre e cresceu 2,2% (mais 2,1 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,1%, recuando 0,3 p.p. frente ao trimestre móvel anterior (57,4%) e subindo 0,7 p.p. na comparação anual (56,4%).

A taxa composta de subutilização (17,8%) cresceu 0,5 p.p no trimestre a recuou 1 p.p. na comparação anual. A população subutilizada (20,6 milhões de pessoas) cresceu 3,4% (ou mais 675 mil pessoas) no trimestre e recuou 4,5% (ou menos 963 mil pessoas) no ano.

A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,1 milhões) recuou 6,9% na comparação trimestral e não teve variação significativa no ano.

A população fora da força de trabalho cresceu 0,4% na comparação trimestral e não teve variação significativa no ano.

A população desalentada (3,7 milhões) cresceu 8,7% (mais 293 mil pessoas) ante o trimestre móvel anterior e recuou 7,5% (menos 299 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,3%) subiu 0,3 p.p no trimestre e recuou 0,3 p.p. no ano.

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exceto trabalhadores domésticos) chegou a 37,995 milhões, novo recorde da série da PNAD Contínua, embora não tenha variado significativamente no trimestre. No ano, esse contingente cresceu 3,2% (mais 1,2 milhão). Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,3 milhões) não teve variação significativa no trimestre e cresceu 2,6% (mais 331 mil pessoas) no ano.

O número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões de pessoas) ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas) e o de empregadores (4,2 milhões de pessoas). O número de empregados no setor público (12,0 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 2,4% (mais 279 mil pessoas) no ano.

A taxa de informalidade foi de 38,7 % da população ocupada (ou 38,8 milhões de trabalhadores informais) contra 39,2 % no trimestre móvel anterior e 38,9 % no mesmo trimestre móvel de 2023.

O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.110) cresceu 1,1% no trimestre e 4,3% no ano.

A massa de rendimento real habitual (R$ 307,3 bilhões) atingiu novo recorde da série histórica iniciada em 2012, embora não tenha variado significativamente no trimestre. Esse indicador cresceu 6,7% (mais R$ 19,3 bilhões) na comparação anual.

No trimestre móvel de novembro a janeiro de 2024, a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 108,8 milhões de pessoas, não mostrando variação significa frente ao trimestre encerrado em novembro de 2023 e crescendo 1,3% (mas 1,4 milhão de pessoas) no ano.

A população ocupada por grupamentos de atividades, frente ao trimestre móvel anterior, teve aumento apenas em Transporte, armazenagem e correio (5,1%, ou mais 285 mil pessoas). Houve reduções em: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (3,7%, ou menos 308 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,2%, ou menos 395 mil pessoas). Os oito demais grupamentos não tiveram variações significativas nesta comparação.

Frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, a ocupação cresceu em: Indústria Geral (3,1%, ou mais 393 mil pessoas), Transporte, armazenagem e correio (7,7%, ou mais 415 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (6,5%, ou mais 775 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,8%, ou mais 479 mil pessoas). Houve redução no grupamento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (5,6%, ou menos 472 mil pessoas). Os cinco grupamentos restantes não tiveram variações significativas nesta comparação.

Quanto ao rendimento médio real habitual (R$ 3.110), frente ao trimestre móvel anterior, houve aumento do rendimento médio nos seguintes grupamentos de atividade: Alojamento e alimentação (4,4%, ou mais R$ 88) Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,3%, ou mais R$ 96) e Serviços domésticos (2,8%, ou mais R$ 32). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.  

Frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, houve aumentos do rendimento em: Indústria (7,3%, ou mais R$ 209) Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,9%, ou mais R$ 96) Transporte, armazenagem e correio (4,9%, ou mais R$ 137) Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,9%, ou mais R$ 166) e Serviços domésticos (2,4%, ou mais R$ 28). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

Entre as posições na ocupação, em relação ao trimestre anterior, as seguintes categorias apresentaram aumento: Trabalhador doméstico (2,8%, ou mais R$ 32) e Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (4,3%, ou mais R$ 197). As demais categorias não apresentaram variação significativa.

A comparação com o mesmo trimestre móvel de 2023 indicou aumento nas categorias: Empregado com carteira de trabalho assinada (2,2%, ou mais R$ 62), Empregado sem carteira de trabalho assinada (8,9%, ou mais R$ 178), Trabalhador doméstico (2,4%, ou mais R$ 28), Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (5,2%, ou mais R$ 238) e Conta-própria (4,5%, ou mais R$ 107).

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